Após a grande polêmica sobre a menina de 10 anos do Espírito Santo que engravidou do tio após sofrer por quatro anos abusos sexuais, o presidente Jair Bolsonaro, através do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, mandou interromper uma pesquisa sobre gravidez na adolescência.
O estudo estava sendo realizado em parceira com um órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) e teve início ainda em 2018 O grande objetivo dessa ação era montar um planejamento eficaz para melhorar as políticas públicas brasileiras de combate à gravidez na adolescência, por meio de medidas socioeducativas de prevenção.
Dois meses depois do cancelamento do estudo, a ministra Damares Alves anunciou o lançamento de uma campanha própria sobre o tema, chamada “Tudo a seu tempo: Adolescência primeiro, gravidez depois”, que tem como principal mensagem a ideia de que “gravidez não combina com adolescência.”
O governo alegou dois motivos para a interrupção da pesquisa contratada pela gestão anterior: o primeiro, de ordem técnica, diz respeito a um dos produtos entregues, que estaria incompleto e com falhas na metodologia e, por isso, teria sido reprovado.