O contrato que vai permitir o início da produção no Brasil da vacina da Oxford contra a Covid-19 deve ser assinado na primeira semana de setembro, segundo o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti Neto.
O acordo prevê a entrega à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) dos insumos e das técnicas utilizadas para produção da vacina. A primeira leva de vacinação deverá ser disponibilizada em janeiro, desde que devidamente aprovada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A Anvisa tem ajudado muito o Ministério da Saúde, tem dado celeridade aos processos e acompanhado de forma intensiva todas essas propostas de vacinas. Esperamos que, a partir de abril do ano que vem, a Fiocruz já tenha capacidade de produção interna da vacina", explicou Hélio Angotti em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (20).
As negociações entre a Fiocruz e a AstraZeneca, farmacêutica europeia parceria da universidade no projeto, se intensificaram a partir de julho, quando o Brasil assinou um memorando de entendimento, uma espécie de pré-contrato, para possibilitar a produção de 100 milhões de doses da imunização no Brasil.
Neste mês, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória liberando R$ 1,9 bilhão para cobrir os custos decorrentes do acordo. Além das 100 milhões de doses, o Ministério da Saúde conta com a transferência de tecnologia para possibilitar a produção doméstica. A expectativa, de acordo com o secretário, é de que até abril de 2021 o Brasil seja capaz de produzir sozinho as doses.