O corpo de Flávio Tobaldini, 44 anos, que estava desaparecido desde que a balsa que conduzia naufragou no Rio Uruguai, em Marcelino Ramos, foi encontrado no fim da manhã desta terça-feira (24).
Segundo o comandante do 7º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM), major Alessandro Bauer, o corpo estava na superfície, a 20 quilômetros de distância de onde ocorreu o acidente, na última quarta (18), quando a balsa em que estava virou no Rio Uruguai.
— Desde o início, sabíamos que era uma operação extremante complexa. Atuamos em diversas frentes de forma simultâneas, mas conseguimos encontrar o corpo nessa operação em tempo recorde, pela complexidade do trabalho — afirmou Bauer.
Ao todo, 32 pessoas foram mobilizadas nas buscas, sendo 18 mergulhadores. A operação durou seis dias. Na manhã desta terça-feira, as equipes se concentram em uma “varredura” na superfície. Isso porque no dia anterior mergulhadores conseguiram acessar o interior do rebocador, local onde acreditavam que a vítima poderia estar, e não localizaram o corpo.
Conforme o comandante, as equipes vasculharam todos os compartimentos da estrutura, que está a 17 metros de profundidade, com exceção da casa de máquinas, visto que o aposento está bastante amassado e sem acesso. Até então, a principal hipótese era de que o corpo de Flávio pudesse estar no sala do operador.
Como o corpo foi encontrado, se confirmou a hipótese de que o corpo desceu o rio depois do acidente.
Relembre o caso
A balsa conduzida por Tobaldini se deslocava do município de Alto Bela Vista, em Santa Catarina, quando naufragou. A embarcação transportava um caminhão carregado de tijolos. Outras duas pessoas, o motorista do caminhão e o auxiliar de balsa, conseguiram se salvar.
A embarcação foi localizada no fundo do rio na quinta-feira (19), com o auxílio de sonares. A balsa tem 22 metros de comprimento e peso estimado em 20 toneladas.