RS registra o menor número de jovens que não estudam nem trabalham desde 2012
Síntese de Indicadores Sociais aponta 369 mil gaúchos entre 15 e 29 anos nesta situação; este é o patamar mais baixo em números absolutos desde o início da análise
Publicado em 11 de dezembro de 2023
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Pela primeira vez desde 2012, o Rio Grande do Sul registrou menos de 400 mil jovens que não estudam nem trabalham, conforme a Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados, divulgados na semana passada, mostram que 369 mil, ou 15,7% dos gaúchos com idade entre 15 e 29 anos, se enquadram na condição.

Em contrapartida, a pesquisa de 2022 trouxe o menor número de jovens já registrado desde a criação da pesquisa. Apesar da queda do número absoluto de Neno - expressão usada pelo IBGE para se referir a quem não estuda nem trabalha - ter relação com a redução do número de jovens no Estado, proporcionalmente este é o segundo melhor cenário já registrado, sendo superado apenas pela pesquisa de 2013 quando 15,5% dos jovens eram "nem-nem" - como esses jovens são popularmente chamados.

Quando comparado com a pesquisa de 2021, a melhora fica mais evidente. Naquele ano, o RS registrou que 18,2% dos jovens estavam sem estudar ou trabalhar, 2,5% a mais do que em 2022.

Além de ser o menor número absoluto, esta foi a segunda maior redução proporcional de Neno no Estado de um ano para outro. Foram 65 mil, ou 2,55% de jovens a menos nesta situação em relação à pesquisa de 2021. A maior queda registrada é de 2019, quando 79 mil jovens (2,64%) saíram da condição naquele ano.

A importância da redução de jovens sem ocupação em 2022 fica mais evidente quando analisada a série histórica. Enquanto a queda de 2019 veio um ano após o maior registro de Neno no Estado, a redução na última pesquisa vem de um cenário que já estava em queda.

Para o pesquisador do IBGE e coordenador da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) no Estado, Walter Rodrigues, a queda foi uma junção de fatores que contribuíram para o resultado. 

— Tem a questão demográfica, com a diminuição dos jovens na população gaúcha , mas também tem aumento da ocupação, com a retomada das atividades econômicas em 2022 — comenta.

 

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações GZH
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