Sete em cada dez trabalhadoras domésticas seguem na informalidade no RS
Três anos depois da Lei das Domésticas, 66% das trabalhadoras ainda não tem carteira assinada no estado, segundo dados do IBGE.
Publicado em 15 de agosto de 2018
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Três anos após a Lei das Domésticas entrar em vigor, sete em cada dez domésticas seguem na informalidade no Rio Grande do Sul. A lei veio para garantir aos trabalhadores domésticos direitos básicos, como férias e décimo terceiro salário, mas 66% deles ainda não tem carteira assinada no estado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a economista da Fecomércio, Patrícia Palermo, a crise econômica atingiu o poder aquisitivo das famílias e com com as exigências da lei ficou mais caro manter uma empregada com carteira assinada. "Quando a lei veio ela trouxe direitos, mas aumentou os custos. A crise abateu a renda das famílias e elas cortaram custos. Muitas famílias trocaram a empregada contratada pela diarista informal", afirma.

Ainda segundo a economista, o trabalhador informal ganha mais, mas a longo prazo a vantagem é de quem tem carteira assinada.

"Quando a gente vai olhar a receita de quem recebe na informalidade, ela é mais baixa de quem tem recebimento na formalidade. Quem é contratado na formalidade recebe ao longo do ano 13,33 salários. Os doze mensais, o décimo terceiro, mais um terço de férias. Quando alguém tá na informalidade vai receber diárias maiores, mas que não são regulares".
Fonte: Bruna Casali / Jornalismo/BarrilFM com informações G1RS
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