Caso Rafael: polícia estipula o prazo de 70 a 80 dias para a finalização do caso
Publicado em 27 de maio de 2020
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O noroeste gaúcho foi marcado novamente por uma tragédia: na tarde da segunda-feira, 25, Rafael Mateus Winques, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 15, foi encontrado sem vida na casa de seus vizinhos na cidade de Planalto. O crime que chocou o país começou a ser investigado pela Polícia Civil como desaparecimento de menor terminou como crime de assassinato cometido pela própria mãe do garoto, Alexandra Batista.

Em entrevista coletiva concedida pelo Delegado de Polícia de Planalto, Ercílio Carletti e pelo Delegado responsável pela 14º Região, Carlos Beuter, na terça-feira, 26 para imprensa, foi esclarecido os fatos sobre o crime.

Assim, os responsáveis pelo caso confirmaram que a mãe do garoto chegou a fazer um boletim de ocorrência pelo desaparecimento do garoto, mas seu estado de calma começou a ser um motivo para que Alexandra motivasse a desconfiança dos investigadores. Depois de um depoimento de aproximadamente três horas, ela confessou que teria ministrado duas doses de um medicamento.

Entretanto, após o corpo ser periciado, foi comprovado que a morte do garoto foi por asfixia mecânica e não por medicamento como ela alegou em sua confissão. Também, segundo os legistas, duas doses de Clonazepan não seriam suficientes para provocar a morte de um menino de 11 anos que era saudável.

Durante a coletiva, ambos delegados afirmaram que o irmão mais velho de Rafael ainda não foi ouvido formalmente pela Polícia e que o jovem foi retirado da região, com o apoio do Ministério Público. Dessa forma, Carletti também esclarece que a outras pessoas continuam sob investigação.

A Polícia afirmou que o corpo do garoto foi localizado na casa do vizinho, enrolado em lençóis em uma caixa de papelão. Também segundo Ercílio, as casas próximas de onde o garoto morava não teriam sido revistadas pois a hipótese que se trabalhava era com desaparecimento e não assassinato.

Questionados sobre as comparações com o caso do menino Bernardo Boldrini, também de 11 anos, a Polícia esclarece que não há semelhanças porque no primeiro caso a madrasta teria sido motivada por ambição de uma vingança e os motivos que lavaram Alexandra a cometer assassinato ainda não foram esclarecidos.

Sob as condições corpóreas do menino quando encontrado pela polícia, foi respondido que pelas condições climáticas de tempo seco e frio, o corpo do menino teria sido conservado e por isso os legistas poderão fazer outros exames para melhor elucidar o caso. Os prazos policiais para finalizar as investigações ficam entre 70 e 80 dias.

A ré confessa Alexandra Batista está presa temporariamente sob acusação de assassinato e ocultação de cadáver. Outros agravantes de pena podem ser adicionados até o final do julgamento. A polícia afirma que ainda não tem previsão de quando ela prestará novo depoimento sobre o caso.

Fonte: Isadora Ferrão/ Departamento de Jornalismo da Barril FM
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