RS deverá entrar no mês de abril com bandeira preta, diz Leite
Governo do Estado estuda retomar a cogestão a partir da próxima semana, permitindo a liberação de algumas atividades econômicas
Publicado em 15 de março de 2021
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Diante da alta pressão sobre o sistema de saúde no Rio Grande do Sul, a bandeira preta — que prevê as maiores restrições no sistema de distanciamento controlado — deverá seguir por mais algumas semanas. Em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira , 15, o governador Eduardo Leite afirmou que, provavelmente, o Estado entrará no mês de abril nesta condição.

— A análise dos indicadores não vai indicar simplesmente que a bandeira preta estará (em vigor) na semana que vem. Estará por algumas semanas, porque o sistema hospitalar está totalmente tomado de demanda por coronavírus. O número de pacientes confirmados com a doença em UTIs era de 800 há um mês. Agora, são 2,5 mil. É uma pressão muito forte. Isso vai significar que o Estado entre provavelmente o mês de abril com bandeiras pretas — disse.

O que o governo estuda é retomar a cogestão, que significa gestão compartilhada entre Estado e municípios. Neste modelo, as prefeituras e associações regionais podem adotar regras menos restritivas, equivalentes às da bandeira imediatamente anterior — no caso do modelo estadual, as da bandeira vermelha.

— Por isso estamos analisando a possibilidade de elevarmos as restrições da bandeira vermelha, subir esta regra. Significa termos, na semana que vem, uma possível retomada de atividades. Além disso, está mantido até o final de março, pelo menos, nossa restrição geral de atividades às 20h (até as 5h). Possivelmente, estenderemos isso aos fins de semana — afirmou.

Segundo Leite, os estudos indicam que são necessárias pelo menos três semanas com regras mais rígidas para que os resultados comecem a aparecer. Assim, a liberação de parte das atividades na próxima semana teria como objetivo a "sobrevivência" dos negócios, já que todos deverão, de alguma forma, ser impactados. No entanto, o governador ressalta que a cogestão poderá ser suspensa a qualquer momento.

Fonte: *Com informações da GZH
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