RS: Governo mantém restrições de horários à noite e aos finais de semana até 4 de abril
Atividades não essenciais não poderão funcionar entre 20h e 5h e seguem sem funcionamento aos finais de semana
Publicado em 29 de março de 2021
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Em função dos baixos estoques de medicamentos para intubação de pacientes e da alta taxa de ocupação de leitos por Covid-19, o Gabinete de Crise, em reunião na última sexta-feira, 26, negou os pedidos para reduzir os níveis de restrição vigentes no Rio Grande do Sul. Dessa forma, o governo decidiu manter a suspensão de atividades não essenciais entre 20h e 5h e aos finais de semana até 4 de abril, conforme havia sido anunciado.

De acordo com o governador Eduardo Leite, o cenário epidemiológico que o Estado enfrenta ainda é de risco altíssimo, com ocupação de UTI acima dos 100% – fato que acionou a salvaguarda e manteve, pela quinta semana consecutiva, todas as regiões gaúchas em bandeira preta.

“Estamos numa situação em que observamos a redução da ocupação de leitos clínicos, já de uma forma bastante consistente, mas ainda não conseguimos observar redução na ocupação de leitos de UTI. Parou de crescer, mas ainda não caiu a ocupação. Vários Estados brasileiros, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, estão observando esse crescimento, enquanto no Rio Grande do Sul se estabilizou, mas há uma preocupação com medicamentos essenciais para intubação, em falta em todo o país, com dificuldade de produção e distribuição”, afirmou o governador.

Entre os pedidos recebidos pelo Gabinete de Crise nos últimos dias estão prefeitos e entidades setoriais da Serra e da Região Metropolitana que pediam a ampliação do horário de funcionamento de restaurantes, estabelecimentos comerciais, serviços em geral e estabelecimentos de atividades físicas, tanto em dias de semana quanto sábado, domingo e feriados.

Leite lembrou que a retomada da cogestão já foi adotada como forma de dar um fôlego às atividades econômicas, mas que as restrições à circulação de pessoas ainda são necessárias até que a situação nos hospitais se estabilize em níveis mais baixos.

“Precisamos ser mais rígidos agora, por mais nove dias, pelo menos, para não corrermos o risco de termos de fechar novamente logo ali na frente”, reforçou o governador.

Um dos fatores que mais preocupam não só o Rio Grande do Sul, mas todos os Estados, conforme discutido nesta sexta, mais cedo, em duas reuniões com governadores de todo o país, é a falta do chamado kit intubação, constituído por remédios necessários para o procedimento de ventilação mecânica dos pacientes com dificuldades respiratórias.

Fonte: Helena Knob/ Jornalismo Barril FM
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