A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Frederico Westphalen, prendeu cinco indivíduos investigados pela execução de Vanderlei Sérgio Vargas da Silva, fato ocorrido em 18 de julho de 2023, por volta das 00h50min, na Rua Vinte e Oito de Fevereiro, Bairro São José, nesta cidade.
Na ocasião, a vítima foi alvejada por disparo de arma de fogo na região da cabeça, em plena via pública, vindo a falecer horas depois no Hospital de Clínicas de Passo Fundo. A investigação revelou que se tratou de uma execução premeditada, com atuação de facção criminosa.
Após mais de dois anos de diligências ininterruptas, a Polícia Civil conseguiu identificar todos os envolvidos na empreitada criminosa, desde os executores até os mandantes. A apuração demonstrou que o homicídio foi ordenado por integrantes da organização criminosa que atua no tráfico de entorpecentes no Bairro São José, sendo executado por membros subordinados à hierarquia do grupo.
Conforme os elementos granjeados, a ordem partiu de um dos integrantes do grupo que se encontra recolhido no sistema penitenciário.
A investigação revelou ainda que o grupo criminoso manteve atuação contínua após o homicídio, sendo responsável por outros crimes graves, como os assassinatos de Rodrigo Esperadião de Mello (01/01/2024) e Juliana Ferreira de Lima (14/08/2024).
Entre as diversas provas colhidas ao longo da investigação, a Polícia Civil logrou identificar a arma de fogo utilizada no crime. O exame pericial de balística realizado pelo Instituto-Geral de Perícias confirmou que o projétil retirado do corpo da vítima foi expelido pelo cano do revólver apreendido na cidade de Ronda Alta-RS, na posse de traficantes, evidenciando de forma técnica e conclusiva a vinculação direta entre o armamento e o homicídio ocorrido.
Segundo o Delegado de Polícia Jacson Oiliam Boni, responsável pela investigação: “A complexidade do caso exigiu um esforço contínuo e altamente técnico por parte dos policiais civis que atuam na seção de investigações desta Delegacia. Foram mais de dois anos de trabalho para compreender a dinâmica do crime, identificar os envolvidos e reunir elementos que sustentassem juridicamente as medidas cautelares. O caso não foi tratado como um fato isolado, mas como parte de uma estrutura criminosa que atua de forma organizada e reiterada. A representação pelas prisões preventivas é uma medida necessária diante da gravidade dos fatos e da continuidade das ações delituosas.”