Governo do RS divulga calendário de recuperação das aulas, mas CPERS nega fim da greve
Segundo plano de recuperação, aulas devem continuar até janeiro de 2018.
Publicado em 15 de outubro de 2017
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A Secretaria de Educação (Seduc) do Rio Grande do Sul divulgou na sexta-feira (13) as orientações para a reorganização do calendário escolar de 2017 afetado pela greve dos professores. No entanto, o Cpers, sindicato que representa a categoria, nega que a paralisação tenha terminado, e questiona os números apresentados pelo governo do estado.

De acordo com a Seduc, 70% das escolas funcionam normalmente com o retorno dos servidores. No entanto, o sindicato diz que 60% das instituições, e 75% da categoria está em greve. O plano divulgado pelo governo diz que as datas valem a partir de segunda-feira (16) para as escolas que estão em funcionamento, com a autorização para a realização das aulas em todos os sábados até o dia 14 de janeiro de 2018, data para o encerramento do ano letivo.

No caso das aulas noturnas, não ocorrem aulas nos sábados. Ainda conforme o governo estadual, caso as aulas não sejam retomadas a recuperação poderá seguir até abril de 2018. Para as escolas em que não houve paralisação, as aulas encerram no dia 29 de dezembro.

Conforme o comunicado do Cpers, a divulgação do calendário é um blefe para tentar "enfraquecer" a greve, e questiona como as aulas podem ser recuperadas se "sequer foram negociados os dias parados?". Os professores pedem que seja apresentado pelo governo uma proposta que contemple as exigências dos educadores, e questiona o pagamento no 12º dia do mês, que para os professores "não é pagar em dia".

Novas manifestações foram convocadas para a próxima semana, e ainda não foi marcada nova assembleia. No comunicado divulgado pelo governo estadual, o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, ressaltou que os salários foram pagos no 9º dia útil do mês, e fez um apelo para a categoria "Pedimos que os professores retomem as aulas na segunda, normalizando todo o ano letivo", disse.
Fonte: BrunaCasali/JornalismoBarrilFM com informações G1
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