Polícia Civil afasta sócios e advogados de frigorífico suspeitos de lavagem de dinheiro no RS
Operação Grande Negócio investiga crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, estelionato e falsificação de documento público. Foram apreendidos documentos, além de duas armas e um veículo importado.
Publicado em 25 de julho de 2018
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ma operação da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Bagé, cumpriu 18 ordens judiciais de busca e apreensão e quebra de sigilo bancário nas cidades de Porto Alegre, Lajeado, Santa Cruz do Sul e Santa Clara do Sul, nesta quarta-feira (25).

Foram afastados quatro diretores de um frigorífico de Santa Clara do Sul e dois advogados que prestavam serviço à empresa. Os nomes dos investigados, assim como do frigprífico, não foram divulgados.

A Operação Grande Negócio investiga crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, estelionato e falsificação de documento público. Foram apreendidos documentos, além de duas armas e um veículo importado.

As investigações começaram em março deste ano, após a descoberta de que uma pessoa da cidade de Harmonia estaria transportando animais bovinos para frigoríficos gaúchos normas legais.

O suspeito não estaria emitindo as guias de trânsito animal, o que levantou suspeita da polícia. Segundo o delegado André Mendes, a primeira fase da Operação foi deflagrada no mês de maio em Harmonia, Santa Clara do Sul, Barão, Imigrante e Caxias do Sul.

“Na ocasião, foram encontrados diversos documentos, entre eles notas fiscais de produtor apontando vendas de bovinos por produtor rural que não possui lotação de animais e nem autorização legal para utilizar o talão em vendas de gado, contra-notas de compra de bovinos que nunca chegaram ao frigorífico e contra-notas emitidas em datas que não ocorreram abates no frigorífico. Estas movimentações de compra e venda de 'gado fantasma', apenas no primeiro período de investigações, chegou a aproximadamente R$ 500 mil”, explicou o delegado

De acordo com o delegado Cristiano Ribeiro Ritta, nas ações deflagradas nesta quarta (25), além dos mandados de busca e apreensão, também há medidas judiciais com imposição de restrições aos investigados.

“Dois advogados foram proibidos de manter contato com os demais investigados, bem como a prestar qualquer tipo de serviço a um frigorífico de Santa Clara do Sul. Quatro diretores de um frigorífico de Santa Clara do Sul estão proibidos de manter contato com os funcionários e demais investigados ou participar de qualquer atividade da empresa, e oito dos investigados estão proibidos de manter contato entre si”, explicou o delegado.
Fonte: Bruna Casali / Jornalismo/BarrilFM com informações G1RS
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