Daer apresenta projetos sobre segurança nas rodovias gaúchas no Seminário Nacional de Trânsito
Publicado em 26 de setembro de 2018
O Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema) e o Programa Internacional de Avaliação de Rodovias foram destaque durante o Seminário Nacional de Trânsito, que ocorreu no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na terça-feira (25). O evento, que debateu ações para melhoria nas condições de tráfego, foi organizado pela autarquia, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Departamento Estadual de Trânsito/RS (Detran), a Polícia Rodoviária Federal e a UFRGS.
De acordo com o diretor de Gestão e Projetos do Daer, Sívori Sarti, a autarquia possui diversos projetos que preveem beneficiam os usuários das estradas gaúchas. "Um dos principais é um sistema que identifica e classifica as estradas de acordo com o seu risco potencial, entre outros dados que ele é capaz de fornecer", adianta.
Essa iniciativa foi apresentada pelo engenheiro Luis Fernando Finamor. Ele falou sobre o Programa Internacional de Avaliação de Rodovias, que está sendo implantado para inspecionar e avaliar as rodovias com maior incidência de acidentes, atribuindo estrelas a cada uma delas. Ele possui como ferramenta o iRAP - sigla em inglês para International Road Assessment Programme. Esse sistema gera imagens georreferenciadas em 360º graus que serão usadas identificando áreas de risco.
"Essas informações servirão como subsídio para o Plano de Investimentos para Rodovias Mais Seguras, que busca combater os pontos críticos", explica Finamor. "Usaremos o sistema para buscar dados relacionados à segurança de 1.500 quilômetros de estradas pavimentadas", acrescenta. Além disso, o engenheiro do Departamento apresentou o programa Crema, que está recuperando o pavimento e a sinalização viária de segmentos com alto fluxo de veículos.
Mobilidade sustentável e educação no trânsito também foram abordados no evento
A abordagem global do tema trânsito foi uma das principais propostas do encontro, de acordo com a professora e doutora da UFRGS, Christine Nodari, responsável pelo Núcleo Interdisciplinar de Trânsito (Nuitran). "Reunimos as áreas acadêmicas da universidade com as instituições da sociedade e os estudantes a fim de desenvolver pesquisas e soluções em nível municipal, estadual e federal", disse a primeira palestrante da manhã.
No mesmo turno, a técnica do Ministério da Saúde, Cheila de Lima, apresentou o case "Politicas baseadas em evidências: como enfrentar as violências no trânsito". De acordo com ela, dados científicos que revelam as diferentes culturas do país podem contribuir com o avanço da legislação de trânsito. "Eles permitam criarmos ações dirigidas envolvendo os principais fatores relacionados aos acidentes nas estradas."
As informações obtidas pelo Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), apresentado pelo presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), Luiz Noé Souza Soares e pelo Inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), João Francisco de Oliveira, corroboram com Lima. "A cultura local influencia na transgressão.
Notamos isso após dividir o Rio Grande do Sul em seis regiões, o que nos possibilitou construir um diagnóstico a fim de buscar medidas preventivas com base na engenharia, na educação e na legislação", explica Soares.
O projeto, que mapeou os principais tipos de acidentes, possibilita a aplicação das melhorias necessárias. "Ele consiste principalmente na mobilização social para buscar investimentos relacionados à conscientização dos condutores e dos pedestres", destaca Oliveira. De acordo com dados da PRF, os acidentes fatais em rodovias federais entre 2010 e 2017 diminuíram cerca de 30%. "Hoje, procuramos ações para diminuir ainda mais esses números, como a fiscalização intensa em trechos críticos. "
A Mobilidade Sustentável foi trazida à discussão pela arquiteta Danielle Hoppe, do Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP). A profissional mostrou estratégias para reduzir os gastos com as construções viárias. "O custo com a mobilidade individual é maior do que com a comunitária. Por isso, é necessário repensar esse modelo que traz diversos impactos negativos". Segundo ela, a solução seria construir as cidades no entorno dos locais de transporte, como de estações de ônibus e trem.
Após as palestras, o jornalista Túlio Milman mediou uma conversa em que o público teve a oportunidade de questionar pontos apresentados durante as explanações.
À tarde, ocorreram três painéis sobre os seguintes temas: Educação para a Mobilidade, Esforço Legal no Trânsito e Planejamento e a Segurança Viária. Dez representantes de diversas instituições participaram dos debates.
Além do iRAP e Crema, ainda, foram apresentados o programa Motociclista Seguro, o Projeto Vida no Trânsito, os estudos com o drogômetro do Hospital de Clínicas da Ufrgs, a Balada Segura do Detran/RS e municípios e o Festival Temático de Trânsito, da PRF.
De acordo com o diretor de Gestão e Projetos do Daer, Sívori Sarti, a autarquia possui diversos projetos que preveem beneficiam os usuários das estradas gaúchas. "Um dos principais é um sistema que identifica e classifica as estradas de acordo com o seu risco potencial, entre outros dados que ele é capaz de fornecer", adianta.
Essa iniciativa foi apresentada pelo engenheiro Luis Fernando Finamor. Ele falou sobre o Programa Internacional de Avaliação de Rodovias, que está sendo implantado para inspecionar e avaliar as rodovias com maior incidência de acidentes, atribuindo estrelas a cada uma delas. Ele possui como ferramenta o iRAP - sigla em inglês para International Road Assessment Programme. Esse sistema gera imagens georreferenciadas em 360º graus que serão usadas identificando áreas de risco.
"Essas informações servirão como subsídio para o Plano de Investimentos para Rodovias Mais Seguras, que busca combater os pontos críticos", explica Finamor. "Usaremos o sistema para buscar dados relacionados à segurança de 1.500 quilômetros de estradas pavimentadas", acrescenta. Além disso, o engenheiro do Departamento apresentou o programa Crema, que está recuperando o pavimento e a sinalização viária de segmentos com alto fluxo de veículos.
Mobilidade sustentável e educação no trânsito também foram abordados no evento
A abordagem global do tema trânsito foi uma das principais propostas do encontro, de acordo com a professora e doutora da UFRGS, Christine Nodari, responsável pelo Núcleo Interdisciplinar de Trânsito (Nuitran). "Reunimos as áreas acadêmicas da universidade com as instituições da sociedade e os estudantes a fim de desenvolver pesquisas e soluções em nível municipal, estadual e federal", disse a primeira palestrante da manhã.
No mesmo turno, a técnica do Ministério da Saúde, Cheila de Lima, apresentou o case "Politicas baseadas em evidências: como enfrentar as violências no trânsito". De acordo com ela, dados científicos que revelam as diferentes culturas do país podem contribuir com o avanço da legislação de trânsito. "Eles permitam criarmos ações dirigidas envolvendo os principais fatores relacionados aos acidentes nas estradas."
As informações obtidas pelo Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), apresentado pelo presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), Luiz Noé Souza Soares e pelo Inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), João Francisco de Oliveira, corroboram com Lima. "A cultura local influencia na transgressão.
Notamos isso após dividir o Rio Grande do Sul em seis regiões, o que nos possibilitou construir um diagnóstico a fim de buscar medidas preventivas com base na engenharia, na educação e na legislação", explica Soares.
O projeto, que mapeou os principais tipos de acidentes, possibilita a aplicação das melhorias necessárias. "Ele consiste principalmente na mobilização social para buscar investimentos relacionados à conscientização dos condutores e dos pedestres", destaca Oliveira. De acordo com dados da PRF, os acidentes fatais em rodovias federais entre 2010 e 2017 diminuíram cerca de 30%. "Hoje, procuramos ações para diminuir ainda mais esses números, como a fiscalização intensa em trechos críticos. "
A Mobilidade Sustentável foi trazida à discussão pela arquiteta Danielle Hoppe, do Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP). A profissional mostrou estratégias para reduzir os gastos com as construções viárias. "O custo com a mobilidade individual é maior do que com a comunitária. Por isso, é necessário repensar esse modelo que traz diversos impactos negativos". Segundo ela, a solução seria construir as cidades no entorno dos locais de transporte, como de estações de ônibus e trem.
Após as palestras, o jornalista Túlio Milman mediou uma conversa em que o público teve a oportunidade de questionar pontos apresentados durante as explanações.
À tarde, ocorreram três painéis sobre os seguintes temas: Educação para a Mobilidade, Esforço Legal no Trânsito e Planejamento e a Segurança Viária. Dez representantes de diversas instituições participaram dos debates.
Além do iRAP e Crema, ainda, foram apresentados o programa Motociclista Seguro, o Projeto Vida no Trânsito, os estudos com o drogômetro do Hospital de Clínicas da Ufrgs, a Balada Segura do Detran/RS e municípios e o Festival Temático de Trânsito, da PRF.
Fonte: Bruna Casali / JornalismoBarrilFM com informações ASCOM
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