Inaugurado o primeiro presídio com ressocialização humanizada do RS
Publicado em 19 de dezembro de 2018
A primeira unidade prisional gaúcha baseada num método que prevê a ressocialização humanizada dos apenados foi inaugurada nesta terça-feira (18). Fruto de uma parceria entre o governo do Estado, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o Poder Judiciário e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) – Partenon, a estrutura fica localizada na Zona Leste de Porto Alegre, no espaço onde antes existia o Instituto Penal Pio Buck.
A unidade dará início a um processo que visa a colocar em prática, em todo o RS, uma metodologia considerada eficaz contra a reincidência criminal. No modelo prisional tradicional, os indicadores chegam a 75%. No APAC, o índice fica abaixo de 10%.
Para o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, o diferencial das APACs está no envolvimento da comunidade e na corresponsabilidade dos apenados. "O modelo deu certo em outros lugares. É essencial incorporarmos as boas práticas para aumentar o alcance e a eficiência dos serviços do Estado. Iniciativas assim, além de custarem menos, promovem a ressocialização de forma mais eficaz", afirmou o secretário.
O agora rebatizado Centro de Reintegração Social Pio Buck representa um investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão - recursos oriundos do MPRS, Judiciário e Justiça Federal, que cedeu cedeu o mobiliário para as instalações - e receberá, num primeiro momento, 40 apenados. A preparação do local consistiu na construção do pátio de sol e na colocação de grades nas 64 janelas do prédio. Também foram feitas adaptações na cozinha e colocadas grades de separação de ambientes. Outros trabalhos, como pintura interna e externa, concluíram a obra.
O subprocurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, destacou a importância da parceria entre as instituições. "É uma alternativa importante de cumprimento da pena. O sistema prisional precisa de alternativas que desvinculem o apenado do mundo do crime", disse.
A secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, frisou o empenho do governo estadual na reestruturação do sistema prisional e os resultados obtidos com adolescentes e jovens adultos na Fundação de Atendimento Socioeducativo (FASE). “Somente com a inclusão social conseguiremos diminuir a reincidência e os índices de criminalidade. Aliás, já estamos conseguindo isso com os jovens que passam pela FASE. A cada 100, 92 não retornam mais ao crime”.
Parceria
Isabel Cristina Oliveira, presidente da APAC Porto Alegre, lembrou o longo caminho percorrido nos últimos seis anos, para a concretização da iniciativa. "É um sonho realizado. Um marco histórico que iniciou quando conhecemos a metodologia, em Minas Gerais. Cada vida salva, cada detendo recuperado, representa um mundo salvo", avaliou.
À entidade, caberá a gestão dos recursos e a prestação de contas, contratação de pessoal, recolhimento de encargos trabalhistas, apresentação de relatórios da execução do acordo e a prestação de todas as informações sobre o andamento do trabalho à administração pública estadual. O Estado será responsável pelo repasse dos recursos financeiros, fornecimento de água e energia elétrica e transporte dos detentos ao meio externo. Uma comissão interinstitucional vai monitorar e avaliar o cumprimento da parceria.
Baixo custo e oportunidade de aperfeiçoamento profissional
A APAC é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que se dedica à recuperação e reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. Uma instituição amparada pela Constituição Federal para atuar nos presídios, que auxilia na execução penal e na administração do cumprimento das penas privativas de liberdade.
A metodologia desonera o poder público, pois apresenta baixo custo, atuando com parcerias voluntárias e trabalho prisional nos institutos penais. Seu objetivo é gerar a humanização das prisões, sem deixar de lado a finalidade punitiva da pena. O modelo se destina a indivíduos que estejam cumprindo pena privativa de liberdade em regime fechado, semiaberto ou aberto.
Durante o período de reclusão, o apenado deve participar das atividades propostas, de acordo com o seu regime prisional. Além do estudo, estão disponíveis oficinas, que visam ao aprendizado de um novo ofício, com o intuito de promover a reinserção no mercado de trabalho.
A primeira unidade do modelo foi criada em São José dos Campos (SP), na década de 1970. Atualmente, o sistema é utilizado em 18 países e dez estados brasileiros. No RS, outras três cidades – Pelotas, Canoas e Três Passos – já têm projetos avançados para receber o modelo. Os municípios já têm estrutura física disponível para os projetos, restando ainda elaborar algumas ações, como reformas e capacitação de voluntários.
A unidade dará início a um processo que visa a colocar em prática, em todo o RS, uma metodologia considerada eficaz contra a reincidência criminal. No modelo prisional tradicional, os indicadores chegam a 75%. No APAC, o índice fica abaixo de 10%.
Para o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, o diferencial das APACs está no envolvimento da comunidade e na corresponsabilidade dos apenados. "O modelo deu certo em outros lugares. É essencial incorporarmos as boas práticas para aumentar o alcance e a eficiência dos serviços do Estado. Iniciativas assim, além de custarem menos, promovem a ressocialização de forma mais eficaz", afirmou o secretário.
O agora rebatizado Centro de Reintegração Social Pio Buck representa um investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão - recursos oriundos do MPRS, Judiciário e Justiça Federal, que cedeu cedeu o mobiliário para as instalações - e receberá, num primeiro momento, 40 apenados. A preparação do local consistiu na construção do pátio de sol e na colocação de grades nas 64 janelas do prédio. Também foram feitas adaptações na cozinha e colocadas grades de separação de ambientes. Outros trabalhos, como pintura interna e externa, concluíram a obra.
O subprocurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, destacou a importância da parceria entre as instituições. "É uma alternativa importante de cumprimento da pena. O sistema prisional precisa de alternativas que desvinculem o apenado do mundo do crime", disse.
A secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, frisou o empenho do governo estadual na reestruturação do sistema prisional e os resultados obtidos com adolescentes e jovens adultos na Fundação de Atendimento Socioeducativo (FASE). “Somente com a inclusão social conseguiremos diminuir a reincidência e os índices de criminalidade. Aliás, já estamos conseguindo isso com os jovens que passam pela FASE. A cada 100, 92 não retornam mais ao crime”.
Parceria
Isabel Cristina Oliveira, presidente da APAC Porto Alegre, lembrou o longo caminho percorrido nos últimos seis anos, para a concretização da iniciativa. "É um sonho realizado. Um marco histórico que iniciou quando conhecemos a metodologia, em Minas Gerais. Cada vida salva, cada detendo recuperado, representa um mundo salvo", avaliou.
À entidade, caberá a gestão dos recursos e a prestação de contas, contratação de pessoal, recolhimento de encargos trabalhistas, apresentação de relatórios da execução do acordo e a prestação de todas as informações sobre o andamento do trabalho à administração pública estadual. O Estado será responsável pelo repasse dos recursos financeiros, fornecimento de água e energia elétrica e transporte dos detentos ao meio externo. Uma comissão interinstitucional vai monitorar e avaliar o cumprimento da parceria.
Baixo custo e oportunidade de aperfeiçoamento profissional
A APAC é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que se dedica à recuperação e reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. Uma instituição amparada pela Constituição Federal para atuar nos presídios, que auxilia na execução penal e na administração do cumprimento das penas privativas de liberdade.
A metodologia desonera o poder público, pois apresenta baixo custo, atuando com parcerias voluntárias e trabalho prisional nos institutos penais. Seu objetivo é gerar a humanização das prisões, sem deixar de lado a finalidade punitiva da pena. O modelo se destina a indivíduos que estejam cumprindo pena privativa de liberdade em regime fechado, semiaberto ou aberto.
Durante o período de reclusão, o apenado deve participar das atividades propostas, de acordo com o seu regime prisional. Além do estudo, estão disponíveis oficinas, que visam ao aprendizado de um novo ofício, com o intuito de promover a reinserção no mercado de trabalho.
A primeira unidade do modelo foi criada em São José dos Campos (SP), na década de 1970. Atualmente, o sistema é utilizado em 18 países e dez estados brasileiros. No RS, outras três cidades – Pelotas, Canoas e Três Passos – já têm projetos avançados para receber o modelo. Os municípios já têm estrutura física disponível para os projetos, restando ainda elaborar algumas ações, como reformas e capacitação de voluntários.
Fonte: Claiton Silva
Comentários
Últimas Notícias
Economia
Batata e outros 19 produtos têm queda de preços
Publicado em 22 de novembro de 2024
Esporte
Inter está com vaga garantida na Libertadores 2025
Publicado em 22 de novembro de 2024
Tempo
Sexta-feira será de tempo nublado no RS
Publicado em 22 de novembro de 2024
Economia
Governo vai anunciar bloqueio orçamentário de cerca de R$ 5 bilhões nesta sexta, diz Haddad
Publicado em 22 de novembro de 2024
Economia
Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda
Publicado em 22 de novembro de 2024
Geral
Detran alerta para golpes por mensagens SMS
Publicado em 21 de novembro de 2024
Policial
PF indicia Bolsonaro e militares por plano de golpe
Publicado em 21 de novembro de 2024
Geral
Governador discute cooperação estratégica com órgãos japoneses
Publicado em 21 de novembro de 2024
Rural
Avicultura gaúcha aguarda fim de restrições às exportações
Publicado em 19 de novembro de 2024
Policial
Novo golpe da CNH: mensagem sobre suspensão do documento é falsa
Publicado em 19 de novembro de 2024