Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto e dos Estados Unidos divulgaram recentemente os resultados de uma pesquisa que levou a descoberta de uma molécula com alto potencial para combater o câncer de ovário. Além disso, ela também é capaz de bloquear o progresso de metástase nas células afetadas.
A molécula em questão é a miR-450a. De acordo com os pesquisadores, trata-se de uma pequena molécula de RNA de pouca expressividade nos tumores.
Mas testes realizados em camundongos apontaram que, quando verificada em quantidade relevante, pode contribuir com efeitos positivos para o processo de tratamento do câncer e para a diminuição da ação dos genes que atuam no metabolismo do tumor e na sua migração entre as células.
A pesquisa foi desenvolvida nas instalações do Centro de Terapia Celular da USP de Ribeirão Preto e surgiu como uma das linhas de trabalho de doutorado de Bruna Muys, bolsista da Fepesp.
O mais interessante em tudo isso é que a molécula miR-450a, que está presente no organismo humano, pode ser reproduzida em laboratório. Esse fator aumenta as possibilidade reais no desenvolvimento futuro de algum projeto com medicamentos e terapias para o tratamento do câncer de ovário.
E por falar nisso, os cientistas já estão pensando em como promover o desenvolvimento de um medicamento com base na molécula miR-450a, para ajudar no combate dessa doença, uma vez que esse tipo de câncer, na maior parte dos casos, apenas é descoberto quando já está muito avançado, o que dificulta e até impossibilita seu tratamento.
Porém, até que algo surja no mercado e esteja a disposição da sociedade será preciso alguns anos. Mas, o fator mais importante, é que não somente identificaram a molécula que poderá ser usada em terapias, como também já sabem qual o caminho deve ser tomado para o tratamento do câncer e de outros tipos de doença.