Caso Rafael: Alexandra é acusada de homicídio doloso, fraude processual, ocultação de cadáver e falsidade ideológica
Publicado em 10 de julho de 2020
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O caso do menino Rafael Winques, 11, assassinado pela mãe, Alexandra Batista, colocou a pequena cidade de Planalto, no noroeste do RS, em evidência para todo país. O caso que inicialmente era investigado como desaparecimento de menor, desde o dia 15 de maio, teve um desfecho muito diferente: a criança foi assassinada pela mãe, o seu corpo foi colocado em uma caixa de papelão ao lado da casa da família e o cadáver só foi localizado no dia 25 do mesmo mês, após a confissão de Alexandra, em seu depoimento.

Nessa sexta-feira, 10, o Ministério Público organizou uma live para comentar a denúncia feita pela Alexandra Batista, sobre o envolvimento de outras duas pessoas. Na coletiva, a promotora de justiça de Planalto, Michelle Dumke Kufner, afirmou que a ré confessa está continuamente alterando as suas versões e inclusive teria admitido que contou sobre o assassinado para o padrasto e para o irmão de Rafael, mentindo sobre o possível envolvimento do pai.

A investigação policial verificou os dados celular do pai, Rodrigo Winques, e constatou que ele estava em Bento Gonçalves, e que chegou a cidade de Planalto, dias depois da primeira ligação de Alexandra, o que não o torna um dos suspeitos de envolvimento do crime. Alexandra está presa temporariamente.

Na coletiva, a promotora Michele ainda esclareceu que Alexandra está sofrendo quatro acusações: homicídio doloso, fraude processual, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. A perícia, por sua vez, também esclareceu que encontrou no histórico do telefone celular de Alexandra, acesso a vídeos pornográficos que continham violência sexual, onde sempre existia uma relação de submissão entre os atores e cenas de asfixia. Por isso, até o momento acredita-se que ela tenha se baseado nas encenações para assassinar Rafael, já que o laudo do Instituto Geral de Perícias confirma a morte por asfixia mecânica.

A Polícia Civil, com o comando do Delegado Ercílio Carletti e o delegado regional Carlos Beutter, realizaram a reconstituição do caso e se depararam com o comportamento equivocado de Alexandra, quando ela, ao invés de ficar nervosa pela situação, entrou em pânico, por ver que a residência estava com objetos fora do lugar.

Fonte: Isadora Ferrão/ Jornalismo da Barril FM
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