Impulsionado pelos pais, especialmente pela mãe, Leucir Franz, 36 anos, morador da linha Bela Vista, São Carlos/SC, há muitos anos é cooperativista e defende o sistema pelos benefícios que ele traz. O produtor assegura que as suas maiores conquistas foram possíveis graça ao apoio que sempre recebeu das três cooperativas que faz parte – Sicredi Alto Uruguai RS/SC/MG, Auriverde e Ceraçá.
- Com a ajuda da Ceraçá, conseguimos a luz trifásica. Com o apoio da Auriverde, foi possível iniciar na atividade suinícola. Em 2008, fizemos comodato com a cooperativa que cedeu matrizes, ração e medicamentos, e nós entramos com a mão de obra e a energia elétrica, e a suinocultura começou a dar certo na nossa família. Porém, para nos mantermos nesta produção, teríamos que melhorar as instalações dos animais. Então, fomos em busca do Sicredi – que sou associado há 13 anos –, que nos financiou a reforma de duas pocilgas; na compra da bomba de irrigação, que utiliza os desejos dos suínos e os distribui nas lavouras, ajudando na adubação; na aquisição do conservador de sêmen e do tratador automático para os suínos. Com o recurso também construímos o escritório, junto a mesma estrutura, e dois carregadores – espaços para carregar os animais. Com este investimento e com as matrizes que temos, vamos produzir 600 leitões a cada três semanas. Desta forma, a nossa rentabilidade vai aumentar e vamos melhorar de vida. Minha ideia é comprar mais um pedaço de terra, com o lucro que teremos – conta Franz.
O produtor lembra que antes de obter o crédito para as pocilgas, já tinha buscado apoio do Sicredi também para iniciar a produção de gado de corte, hoje com 20 animais sendo engordados à venda. “Também financiamos o composto – galpão usado para as vacas de leite se abrigarem do frio e da chuva. Com este investimento, que proporciona bem-estar animal, cada vaca aumentou, em média, cinco litros de leite por dia. Atualmente, estamos com 18 vacas em lactação, que produzem sete mil litros por mês, mas queremos chegar a 15 mil litros em dois anos, porque temos mais novilhas que logo começarão a produzir leite também”, frisa o produtor, que em breve quer contar com mais uma ajuda da Cooperativa para instalar energia solar na propriedade.
- Devo muito ao cooperativismo, porque as cooperativas acreditaram em nós. Eu entendo que o cooperativismo ajuda o associado e não têm intenção de tirar proveito, pois o sistema é igual para todos. Além disso, você se torna amigo das pessoas que trabalham nestas instituições, porque são mais próximas dos cooperados e isso nos ajuda muito”, observa o agricultor.
Os 12 hectares de terras que Franz trabalha pertencem aos seus pais, mas ele quer fazer a sucessão familiar, por acreditar que viver no campo vale a pena, pela tranquilidade que o meio rural oferece. Além disso, garante que quando tiver filhos, pretende orientá-los a também seguirem no cooperativismo. “Quando vejo amigos e conhecidos que ainda não são cooperativistas, eu falo que este sistema é importante, porque foi através dele que vieram nossas maiores conquistas”, finaliza.