A Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) celebra 29 anos nesta quarta-feira, 19. Uma história marcada pelo protagonismo da comunidade, que há quase três décadas desejou mudar a realidade local. São seis Câmpus distribuídos no Norte do Rio Grande do Sul: Erechim, Frederico Westphalen, Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Santiago e Cerro Largo.
"A URI é uma instituição que acolhe, que abraça, com este perfil comunitário que nasceu desta necessidade das regiões. Uma universidade presente, pensando na formação das pessoas, mas também pensando na evolução humana. Nossos funcionários, docentes cultivam valores hoje tão necessários na nossa sociedade", afirma a Pró-Reitora de Ensino Edite Maria Sudbrack.
A história da URI se mistura com tantas outras histórias de vida de pessoas que fazem parte da instituição e prestam serviços à sociedade através da educação. É o caso do Reitor Arnaldo Nogaro.
"Minha filha tem exatamente a mesma idade que a universidade. Nasceu no ano de 1992. Nestes 29 anos muitas outras coisas boas aconteceram. Trabalhei 10 anos como avaliador do Inep. Tive a oportunidade de conhecer 19 estados do Brasil, conhecer pessoas importantes, que até hoje são amigas", conta.
Nestes 29 anos de história, a universidade teve que se reinventar e fazer frente às mudanças, sem nunca renunciar ao caráter humano.
"Uma das coisas que me encanta dentro da URI é estar na frente de 10, 15, 20,30, 40 jovens. Viver esse momento é único. Hoje estamos vivendo isso muito mais na frente da tela do que propriamente com as pessoas, mas esse instante se reveste de muita significância. Quando a gente tem o retorno por meio de palavras muito simples, elas dão todo sentido para aquilo que a gente faz. A URI está há 29 anos gerando impacto na vida das pessoas e da região", afirma o Pró-Reitor Nestor Henrique De Cesaro.
Em 2020 a universidade realizou cerca de 90 projetos de ação social nas seis cidades onde há Câmpus. "Todas as minhas alunas e alunos importam muito na minha vida pessoal e profissional. Como eu sou professora, não posso fechar portas, preciso apontar possibilidades. Como docente sou um pouco mãe dos estudantes. Não consigo deixar de encaminhar quem quer, precisa e merece continuar aprendendo", disse a Pró-Reitora Neusa Maria John Scheid, que está à frente da Pró-Reitoria de Pesquisa, Extensão e Especialização, responsável pelos projetos comunitários.
Atualmente a URI conta com 37 cursos presenciais de graduação e 18 na modalidade de ensino à distância. Soma mais 40 especializações, seis mestrados e três doutorados.
História
A URI nasceu com a integração de instituições de ensino superior que constituíam o Distrito Geo-Educacional 38. De isoladas a integradas, passaram a construir uma história que considera as lutas do passado, reflexões do presente e expectativas futuras.
As comunidades dos municípios onde a URI hoje está situada sempre estiveram atentas às necessidades socioeconômicas e culturais, sendo formadas por uma população de descendentes de imigrantes italianos, alemães, poloneses, russos, judeus e nativos. Os contrastes apresentavam-se: de um lado, a tecnologia e a modernização e de outro, a crise da estrutura agrária. Assim, o embrião que formou a universidade foi o compromisso de diversas lideranças quanto ao desenvolvimento integral da população a partir do resgate cultural e da recuperação econômica da região.
Democrática em sua gestão, não defende interesses de grupos ou corporações e não pertence a grupos ou pessoas. Associativa, efetua operações em conjunto para uma melhor qualidade de suas ações. Cooperativa, busca o bem comum.
Comunitária
Certamente, você já viu alunos e professores na praça da cidade interagindo com a população, em postos de saúde fazendo atendimentos, em ações ambientais, em peças de teatro, dentre outras atividades. É porque a URI está conectada aos anseios da sociedade e realiza projetos extensionistas em várias áreas, os quais promovem o desenvolvimento sustentável da comunidade. Para poder aprender e ensinar, nada melhor do que estar integrado à realidade social.
Por sua vez, a pesquisa, enquanto princípio científico e educativo, levanta problemas e aponta soluções, sendo uma das bases da educação emancipatória, já que, com ela, o senso comum dá lugar ao senso crítico acerca da realidade.