Eduardo Leite renuncia ao governo do Rio Grande do Sul
Leite também anunciou sua permanência no PSDB, porém, não disse a qual cargo vai concorrer nas eleições
Publicado em 28 de março de 2022
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta segunda-feira, 28, que renunciará ao cargo e que permanecerá no partido. Ele deixa o governo próximo do dia 2 de abril, data limite dada pela Justiça Eleitoral para ter a possibilidade de concorrer à presidência da República. Caso optasse pela reeleição ao governo, não seria necessária a saída.

Leite não disse a qual cargo concorrerá na eleições de outubro, disse que está "se apresentando", mas relembrou as prévias do PSDB disputadas em novembro do ano passado - vencida pelo governador de São Paulo, João Doria. Nas últimas semanas foi ventilada a saída de Eduardo Leite do PSDB para concorrer à presidência no PSD, partido de Gilberto Kassab.

No sábado, 27, o governador paulista João Doria defender a permanência de Leite no partido, mas chamou de "golpe" qualquer tentativa de colocá-lo como candidato à presidência pelo partido e relembrou das prévias.

"Diante de prévias realizadas com o amparo da Justiça Eleitoral, com investimentos também registrado na Justiça Eleitoral - foram R$ 10 milhões investidos para que o partido fizesse suas prévias - as prévias valem. Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe", afirmou Doria.

Apesar de ter sido derrotado nas prévias do PSDB à Presidência da República, o governador segue cotado para disputar o cargo. Na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira, 23, Eduardo Leite aparece com 1% das intenções de voto no cenário sem o governador de São Paulo, João Doria.

O paulista afirmou neste domingo, 27, que a articulação de parte do PSDB que querem tirá-lo da disputa presidencial na eleição de 2022 é um "golpe" e uma "tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar" o partido.

Leite, que não disse a qual cargo pretende concorrer, afirmou ter telefonado para João Doria antes do anúncio de renúncia.

"A renúncia me abre muitas possibilidades e não me retira nenhuma. Então, é importante dizer, a lei eleitoral exige que nós estejamos fora de um cargo executivo, a não ser que a única alternativa que se visualize seja a da reeleição", comentou.

Sem mencionar Leite, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta segunda que as prévias do partido devem ser respeitadas. O governador do RS, todavia, deixou em aberto a possibilidade de concorrer à Presidência, caso partidos aliados assim deliberem.

Assim, o vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), assumirá o Palácio Piratini. A última vez que um governador do RS renunciou ao cargo para concorrer a outro posto foi em 1990, quando Pedro Simon (MDB) ingressou na disputa por uma vaga no Senado. O vice Sinval Guazzelli (MDB) assumiu o Palácio Piratini na época.

Fonte: *Com informações do G1
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