Não é só a gasolina que terá aumento na semana que vem. O etanol e o gás natural veicular (GNV) também. Isso porque voltará o que falta dos impostos federais zerados no meio do ano passado, Pis, Cofins e Cide. Pela lei, a cobrança já teria voltado em janeiro, mas a isenção foi prorrogada. Para minimizar o impacto na receita, uma parcela, então, foi retomada em março. O restante ficou para agora. 

Entidade que representa os postos de combustíveis do Rio Grande do Sul, o Sulpetro-RS conta que as distribuidoras estão informando o início do recolhimento já para o dia 29, conforme interpretam a medida provisória. A entidade também afirma que recebeu de revendedores a preocupação de restrição de pedidos ao longo dos próximos dias, sem cogitar, porém, desabastecimento. 

Mas quais serão os aumentos? Na gasolina, a estimativa é de um impacto de R$ 0,3384. Na última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro custava em média R$ 5,43 no Rio Grande do Sul, mas postos baixaram os preços na última semana, chegando a R$ 4,50 no pagamento por aplicativo em um estabelecimento de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.

Já no etanol, o álcool combustível, a elevação prevista é de R$ 0,2218. Neste, o preço do litro está em R$ 4,75 no Estado. Lembrando que, para valer a pena, o etanol precisa custar até 70% no preço da gasolina. Para fechar, tem o gás natural veicular (GNV), com alta estimada de 9,25% com a volta dos impostos federais. Conforme a ANP, o metro cúbico está, em média, em R$ 5,10.