O grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), reunido em um encontro de cúpula em Johannesburgo, incluirá a partir de janeiro seis novos membros, anunciou nesta quinta-feira (24) o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos passarão a integrar o grupo de países emergentes, que tenta ganhar influência no cenário internacional.
"A adesão entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024", declarou Ramaphosa em uma entrevista coletiva ao lado dos representantes dos cinco países que integram atualmente o bloco. "Com esta cúpula, o Brics inicia um novo capítulo", acrescentou.
Na quarta-feira, as autoridades sul-africana anunciaram que os Estados membros alcançaram um acordo para a ampliação do grupo. "Aprovamos um documento que define as diretrizes, os princípios e os processos de análise para os países que desejam se tornar membros do Brics", disse a ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor.
O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, celebrou a decisão e afirmou que a entrada no bloco representa uma "momento forte" para o país africano. Um conselheiro do presidente iraniano Ibrahim Raissi, Mohammad Jamshidi, destacou que a adesão do Irã é um "sucesso estratégico para a política externa da República Islâmica". Quase 40 países solicitaram a adesão ou demonstraram interesse de entrar para o bloco criado em 2009, que representa quase 25% do PIB e 42% da população mundial.