Semana será de muita chuva no RS e novo ciclone deve se formar a partir de quarta-feira
Publicado em 12 de setembro de 2023
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A previsão do tempo aponta que os próximos dias serão de muita chuva em todo o Rio Grande do Sul. De acordo com meteorologistas, a maior preocupação ocorre a partir desta terça-feira (12): diversas regiões do estado, incluindo o Vale do Taquari, podem registrar acumulados superiores a 100 milímetros até quinta-feira (14).

Em Lajeado, município da região, a previsão é de que o acumulado até a próxima quinta seja de 110 milímetros – cerca de 58% da média histórica para setembro. O Vale do Taquari sofreu danos intensos com as enchentes da primeira semana de setembro no estado.

Após um domingo (10) de baixos acumulados no estado, uma nova frente fria já possibilitou o retorno da chuva nesta segunda-feira (11) em pontos da Fronteira Oeste, da Campanha, da Região Central e do Sul do estado.

A segunda ainda apresentou temperaturas em elevação em diversos pontos – como no caso da Região Metropolitana, que chegou a registrar mais de 30ºC em diversos municípios –, uma característica de uma condição "pré-frontal", de acordo com os meteorologistas. Essa situação ocorre anteriormente à chegada de uma frente fria.

Essa condição aponta o início de um novo período de grandes chuvas neste mês, dizem os meteorologistas, incluindo a transformação de um sistema de baixa pressão com origem no Paraguai em um novo ciclone extratropical com atuação sobre o território gaúcho.

Previsão para terça-feira

A chuva que retornou ao estado na segunda aumenta nesta terça, com grandes volumes esperados. Há alerta para tempestades por parte do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com chance para temporais e chuvas volumosas até o fim desta manhã, especialmente nas regiões Central, Campanha e Sul.

Em Jaguarão, por exemplo, são esperados 160 milímetros de chuva apenas entre terça e quinta-feira; a média histórica de chuvas para setembro é de 115 milímetros no município.

A instabilidade gradualmente alcança todo o estado já durante a manhã, exceto pelo Norte e pela Serra, onde a previsão é de que pancadas de chuva de fraca a moderada intensidade ocorram somente a partir da tarde.

Essa instabilidade, iniciada com o avanço da frente fria durante a segunda-feira, será reforçada pela atuação de uma área de baixa pressão que está sobre o Paraguai.

Além da atuação dessa área, segundo a Climatempo, haverá fluxo constante de umidade em níveis baixos da atmosfera e um grande cavado meteorológico em níveis médios sobre a Argentina – todos elementos que aumentam a possibilidade da chuva.

As temperaturas diminuirão ao longo do dia e haverá no Rio Grande do Sul o que os meteorologistas chamam de "mínimas invertidas", com as mais baixas temperaturas sendo registradas durante a noite na maior parte das regiões. As mínimas serão observadas à noite em Bagé, Porto Alegre, Rio Grande e Santa Maria, por exemplo, de acordo com a Climatempo.

Previsão para quarta e quinta-feira

Na quarta-feira (13), a atuação dessa área de baixa pressão ganha intensidade e passará a atuar como um novo ciclone extratropical e uma nova frente fria, se direcionando rumo ao Oceano Atlântico.

A previsão é de temporais e de chuva volumosa em praticamente todo o estado, com os maiores acumulados na Região Norte, além de Serra e Litoral Norte. Na Fronteira Oeste, o dia é chuvoso, mas as instabilidades perdem força ao longo do dia e a noite de quarta já deverá ser de tempo firme, situação que continuará ao longo da quinta-feira.

Pela manhã, a chuva seguirá intensa entre o Sul e a Campanha, com muita força também sobre o Noroeste do estado. Durante a tarde e a noite, ela também deve apresentar altos volumes sobre a Região Metropolitana, a Serra, o Norte e o Vale do Taquari – em Teutônia, estão previstos entre terça e quinta-feira 97 milímetros de chuva, o equivalente a 52% da média histórica para setembro na região.

Na quinta, exceto pela Fronteira Oeste, o território gaúcho deverá seguir apresentando pancadas de chuva intermitentes ao longo do dia. Esse fenômeno ocorre em função da presença de um cavado meteorológico sobre Santa Catarina, o que contribui para a formação de nuvens carregadas. O volume mais expressivo de chuvas deve ocorrer na Serra e em outros pontos do leste do território gaúcho, mas a atuação do ciclone sobre o Oceano Atlântico tende a provocar fortes ventos na faixa litorânea.

Fonte: Vanessa Onci / Com informações do G1
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