Para garantir tecnologia aplicada a fins pedagógicos e promover equidade de acesso, o governo federal lançou ontem a “Estratégia Nacional Escolas Conectadas”. A ação visa levar Internet de qualidade às 138,3 mil escolas públicas brasileiras de Educação Básica até 2026. 

A iniciativa, coordenada pelos ministros da Educação, Camilo Santana, e das Comunicações, Juscelino Filho, será desenvolvida em 5 eixos: disponibilizar energia elétrica a todas as escolas; expandir Internet; contratar serviço de alta velocidade; ofertar rede sem fio segura para acesso escolar à Internet; e proporcionar equipamentos e dispositivos eletrônicos portáteis de acesso à Internet. As escolas terão conexão por meio de fibra óptica ou via satélite.

O uso da conectividade nas escolas, para além de funções administrativas, permitirá o desenvolvimento de atividades pedagógicas e de recursos educacionais, além de acesso a jogos e outras plataformas. E, ainda, a tecnologia e interatividade podem auxiliar a docência, incentivando a diversificação de aulas e abordagem de conteúdos. 

Rio Grande do Sul. O desafio é garantir acesso à Internet de qualidade em 1.028 instituições de ensino – 14% das 7.249 públicas de Educação Básica no Estado. Hoje, o RS tem 6.221 escolas com acesso à banda larga fixa de fibra óptica. E outra ação é garantir conexão Wi-Fi, que envolverá 2.334 instituições de ensino públicas gaúchas.

“A Educação das nossas crianças e jovens não pode esperar. Temos que ter um trabalho imenso para recuperar a capacidade delas voltarem a aprender. Com Internet de qualidade em todas as escolas, o filho do pobre terá a mesma qualidade de ensino que o filho do rico”, argumenta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No RS, são mais de 1,8 milhão de matrículas na Educação Básica. E dados federais indicam 2.148 escolas com velocidade de Internet monitorada e adequada; 2.625, com velocidade monitorada, mas qualidade insuficiente; e 2.476, sem qualquer tipo de monitoramento.

Investimentos 

• Serão investidos R$ 8,7 bilhões para as ações relacionadas às “Escolas Conectadas”.
• Do total, R$ 6,4 bilhões são do eixo “Inclusão Digital e Conectividade”, do Novo PAC, destinados à implantação de conexão à Internet e para a rede interna nas escolas. 
• Os recursos são provenientes de: Leilão do 5G; Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust); Programa de Inovação Educação Conectada (Piec); e a Lei 14.172, de 2021.
• Os R$ 2,3 bilhões adicionais provêm de: Lei 14.172/2021; Piec; e Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).