Petrobras avalia reajuste de combustíveis
Último aumento da gasolina e do diesel anunciado pela estatal ocorreu em 16 de agosto
Publicado em 04 de outubro de 2023
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta terça, 3, que a estatal está analisando se será necessário realizar um novo reajuste de preços dos combustíveis ainda neste ano, acrescentando que o mercado de petróleo vive hoje uma "tempestade perfeita" depois que a Rússia parou algumas refinarias e o diesel russo deixou de ser uma opção de importação. Segundo ele, passado o inverno no Hemisfério Norte talvez seja possível que os preços retornem para níveis menores.

"Já fizemos um ajuste (de preços), e estamos agora analisando a possibilidade ou não de outro reajuste até o fim do ano. O que temos de concreto é que a nossa política de preços está funcionando", afirmou ele, após cerimônia que marcou a comemoração dos 70 anos da companhia.

Prates explicou que, desde que a empresa mudou sua política de preços, abandonando a paridade com a importação (PPI), ocorreram inúmeras oscilações do barril de petróleo do tipo Brent (a referência usada pelo mercado brasileiro) e também do preço internacional do diesel.

"O 'crack' (spread) do diesel disparou, refinarias da Rússia pararam de funcionar, tivemos enxugamento do diesel russo, que estava chegando e fazia um certo colchão de amortecimento (de preço) também. Estamos no mercado com uma espécie de tempestade perfeita que a gente tem de administrar, saber quanto tempo vai durar e quanto tempo temos de colchão para aguentar essa volatilidade."

A decisão de abandonar o modelo do PPI, que acompanhava as oscilações de preços no mercado internacional, foi criticada por economistas e especialistas do setor, segundo os quais a decisão pode provocar uma defasagem grande de preços e afetar a receita da Petrobras. O governo, por sua vez, afirma que a ideia é "abrasileirar" os preços dos combustíveis.

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações Correio do Povo
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