Aos 17 dias de outubro, Palmeira das Missões já acumula quantidade de chuva quase três vezes maior que a média esperada para todo o mês. Conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram registrados 429 milímetros até esta terça-feira (17), sendo que a média esperada para todo mês é de 157,6mm.
O excesso de umidade afeta principalmente a agricultura, impedindo a colheita do trigo. Conforme o prefeito Evandro Luis Massing, dos 32 mil hectares plantados, apenas 3% está colhido:
— Com essa chuva está impossível de colher, e a tendência é que o colhido não sirva mais para fazer farinha, pois o baixo Ph provoca a desclassificação. Estamos esperando um grande prejuízo para os agricultores e, consequentemente, na nossa economia.
A situação também é grave nas estradas do interior do município, em que a maioria precisa de manutenção por conta da umidade do solo, trabalho dificuldade em razão da instabilidade persistente.
— Estamos com a situação de emergência decretada desde setembro, e cadastrados na Defesa Civil estadual, encaminhando documentações ainda para pedir recursos que nos possibilitem recuperar as vias públicas e também dar alimentação a quem precisa — aponta o prefeito.
Segundo o coordenador da Defesa Civil no município, Vergílio Matias, as regiões mais afetadas são localizadas próximas a córregos, com pontos de alagamentos nos bairros Maragatinho, Batista, Passo da Areia e Amaral.
— É muita chuva em pouco tempo, e estamos enfrentando isto desde setembro, mas cada vez ela vem mais porte. Fizemos barreiras, mas a chuva foi se acumulando nesses pontos. As estradas de interior estão muito destruídas, estamos estudando por onde recomeçar.
Neste mês, 15 famílias tiveram as casas atingidas pela água. Entre as ações, estão sendo realizadas limpezas de boca de lobo e desassoreamento de córregos, para impedir alagamentos.