O rio Uruguai oscila na cabeceira, na divisa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A Defesa Civil monitora o nível das águas com a preocupação com um possível “repique”.
Segundo o capitão Sandro Martins, coordenador regional da Defesa Civil para Fronteira Oeste e Campanha, a expectativa é de que o rio volte a subir em toda a linha, nas próximas horas, apanhando cidades a partir de São Borja, ainda com níveis acima da normalidade. A maioria dentro da cota de inundação, podendo provocar repercussões significativas às cidades ribeirinhas, avalia.
Em Iraí, a medida atingiu 10,03 m, baixando, ainda dentro da cota de cheia de 8 m. Itapiranga o rio baixou para 9,76 m, além da marca de inundação (7,30 m), com tendência a manter a redução. Já em Alto Uruguai baixa, Porto Mauá e Garruchos o nível do rio cresce.
Em São Borja, o Uruguai mede 11,24m, dentro da cota de inundação de 9m, subindo. Itaqui marca 9,89 m (cota de inundação de 8,30 m), recuando lentamente. O prefeito Leonardo Betin decretou situação de emergência devido às chuvas e às duas cheias em 50 dias. Em Uruguaiana, o rio medindo 9,83 m, (cota de inundação 8,50 m), uma redução mínima.
Em São Borja, poucas das 72 famílias afetadas, retornaram por conta própria. Oficialmente, nas duas semanas de enchente, são 226 pessoas afetadas pela corrente d’água, entre desabrigadas e desalojadas. Avalia-se que o retorno completo acontecerá somente no final de semana, de acordo com o comportamento da corrente d’água. O Mutirão + Saúde que aconteceria nesta quinta foi transferido para o dia 25 de outubro, devido ao mau tempo.
Em Itaqui, ontem, chegou a 257 pessoas atingidas pela enchente, sendo 235 desalojadas e 22 desabrigadas, parte assistida no Ginásio Castelão. Há 64 volantes que estão sendo novamente remanejadas e 18 casas fixas afetadas. A balsa entre Itaqui e Alvear, na Argentina, permanece fora de serviço. É a maior enchente do ano no município.
Uruguaiana mantém sete famílias desabrigadas dos bairros Mascarenhas de Moraes e Santo Antônio (23 pessoas) atendidas nos Centros Esportivos Zona Leste e Nova Esperança. E outras 76 desalojadas (318 pessoas) direcionadas a casas de parentes, amigos ou optaram por barracas. Um total de 341 pessoas. Em Alegrete, de acordo com Renato Grande, coordenador da Defesa Civil municipal, o Ibirapuitã ainda preocupa.
O rio chegou a medir 7,65 m, em poucas horas, porém no último período passou a reduzir o nível em 7cm por hora, voltando a 7,13 m, no limite da atenção. “A evolução indicando o recuo gera otimismo à população ribeirinha da cidade”, diz Grande. Em Barra do Quaraí, o rio Quaraí mede 8,04 m (próximo a cota de cheia 8,50 m), crescendo.