Condenado a 31 anos e oito meses de prisão pela morte do filho de 11 anos, Leandro Boldrini cumpre, desde a terça-feira (7), a pena no Presídio Regional de Santa Maria. A 3ª Câmara Criminal determinou a retirada da tornozeleira eletrônica e o recolhimento do médico em prisão de regime semiaberto. De acordo com o Tribunal de Justiça, Boldrini se apresentou espontaneamente na cadeia.
Leandro Boldrini obteve progressão de regime em julho. Com isso, passou a cumprir a pena no semiaberto. Ele havia sido beneficiado pelo uso de tornozeleira eletrônica em razão da falta de vagas no sistema prisional na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O advogado Ezequiel Vetoretti, um dos responsáveis pela defesa de Leandro Boldrini, informou ao g1 que “não há nada de anormal nessa situação”. Segundo ele, a decisão que determinou a volta do cliente para a cadeia “era algo esperado por Leandro, pois estava ciente de que a cidade de Santa Maria contava com estabelecimento próprio”. “Mesmo assim, optou em deixar a Região Metropolitana (onde não havia vaga para o semiaberto)”, acrescenta.
O retorno do médico ao presídio atende a um pedido do Ministério Público (MP-RS). A reconsideração da decisão que estabeleceu a progressão de regime para o semiaberto — também pleiteada pelo MP — não foi aceita pela Justiça.
Boldrini está vivendo em Santa Maria há cerca de dois meses. Trata-se do mesmo município em que estão enterrados os corpos do menino Bernardo Uglione Boldrini e da mãe dele, Odilaine Uglione.