Debate sobre horário de verão deve ser mais amplo, diz ministro de Minas e Energia
Alexandre Silveira defende que discussão considere as mudanças nos hábitos da população durante a estação
Publicado em 17 de novembro de 2023
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Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, defendeu que o debate sobre a volta do horário de verão não deva considerar apenas a economia de energia, mas também as mudanças nos hábitos da população. A medida de suspensão ocorreu em 2019, no governo de Jair Bolsonaro e foi mantida pelo governo Lula, alegando que a volta não traria impacto significativo na geração e consumo de energia.

Em entrevista, o ministro defendeu que o tema seja desatrelado da questão energética, afirmando que o horário de verão impacta a vida da população de outras formas e que há um estímulo econômico em alguns setores. 

— Há um impulso econômico em alguns setores. Então, eu tenho defendido junto ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), à Economia, que a gente possa olhar o horário de verão de uma forma mais holística, mais ampla. É importante para o Brasil, mesmo que nós tenhamos um momento de segurança energética como hoje, quando ela [a mudança nos relógios] impactar positivamente a economia — disse Alexandre Silveira. 

Em setembro deste ano, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), enviou uma carta ao presidente Lula pedindo a volta do horário de verão, argumentando que a medida impacta diretamente no faturamento de bares e restaurantes, com aumento estimado de 10% a 15%. 

O horário de verão foi instituído para aproveitar a maior iluminação natural durante a estação, que tem dias mais longos e noites mais curtas. Assim, haveria economia de energia e menor risco de apagões. 

 Neste ano, a área técnica do Ministério de Minas e Energia avaliou que a situação dos reservatórios e oferta de fontes renováveis são suficientes para garantir o fornecimento de energia. A mudança no comportamento de consumo da população também mudou e contribuiu para a decisão da pasta, já que não há impacto significativo para a economia de energia no país.

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações GZH
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