A Polícia Civil deflagrou na quinta-feira (06), a Operação Galápagos, cumprindo 22 mandados de prisão, 19 de busca e apreensão, 9 sequestros veiculares e 1 sequestro de imóvel de alto padrão, em doze municípios nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Os principais alvos são familiares do traficante conhecido como Beto Fanho, líder de facção morto em Gravataí.
Participam da ação 150 policiais civis. Até o momento 19 pessoas foram presas.
Estão sendo executadas 72 medidas cautelares de prisões preventivas, temporárias, buscas e apreensões domiciliares, sequestros de veículos de luxo e de imóvel avaliado em R$ 2 milhões.
Os delitos apurados são tráfico de drogas, associação para o tráfico, associação criminosa armada, porte ilegal de munições e armas de fogo, comércio ilegal de armas de fogo, entre outros.
No RS os mandados de prisão estão sendo cumpridos, simultaneamente, em Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Charqueadas, Sapucaia do Sul, Sentinela do Sul e Novo Hamburgo . Já em SC, as diligências ocorrem em Florianópolis, Bombinhas, São José, Palhoça e Criciúma.
De acordo com o delegado Rafael Liedtke, as investigações iniciaram em maio, como desdobramento da ação que resultou na morte do líder de facção conhecido como Beto Fanho, em Gravataí.
Na ocasião, os agentes públicos, ao executarem ordem judicial de busca e apreensão em um sítio na região de Morungava foram recebidos a tiros, tendo os policiais revidado, resultando na morte do criminoso.
Dessa ação, resultaram apreendidas diversas armas de fogo, munições de vários calibres, veículos, drogas, valores em espécie e aparelhos celulares.
As diligências investigativas que se seguiram demonstraram a existência de uma associação criminosa armada bem estruturada, especializada no cometimento dos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de munições e armas de fogo, comércio ilegal de armas de fogo, entre outros delitos, com atuação no município Gravataí e proximidades, bem como na zona Norte de Porto Alegre, contando, ainda, com ramificações no estado vizinho de Santa Catarina.
No decorrer das investigações esse grupo criminoso, que se autointitulava “tropa do pinguim”, encontrava-se em guerra pelo controle de pontos de venda de drogas na Capital e região Metropolitana, ocasionando expressivo aumento de violência nas regiões em que atuava, mantendo, inclusive, relações com traficantes reclusos no sistema penitenciário e em regime semiaberto, que permaneciam atuando no tráfico de drogas e no comércio de armas de fogo.