Na campanha, Alessandro Barcellos afirmou que os três primeiros anos foram para “arrumar a casa”. E que um novo mandato, confirmado nas urnas no último sábado, serviria para o Inter voltar a conquistar títulos, encerrando um jejum que perdura desde 2016. A tarefa começa no Campeonato Gaúcho, mas segue no Brasileirão, para o qual o clube quer destinar uma prioridade neste ano, e nas copas Sul-Americana e do Brasil, compromissos colorados na temporada que começa em janeiro.
A mais importante demonstração de que o projeto é real está na destinação de recursos. O clube organizou-se para aumentar o orçamento do futebol, centralizando os investimentos no primeiro semestre. A ideia é ter o time pronto para o Gauchão, já com os reforços buscados pelo clube agora.
“O Gauchão é a nossa primeira obsessão. A segunda, é o Brasileiro”, afirmou o presidente Alessandro Barcellos em entrevistas nesta semana. Por isso, a corrida é grande para que o anúncio dos principais reforços seja feita ainda neste ano. Assim, eles já começam 2024 trabalhando na pré-temporada no CT Parque Gigante e ficam à disposição no Gauchão.
“Já vínhamos planejando várias situações e, agora, após a eleição, vamos para a fase de execução. Queremos ter a equipe formada em janeiro, para tentar retomar o título gaúcho para a nossa torcida”, continua o presidente colorado. Segundo promessa de Barcellos durante a disputa eleitoral contra Roberto Melo, o Inter reservou cerca de R$ 100 milhões para gastar com a contratação de reforços e o aumento da folha salarial.
A ideia é fazer os investimentos agora, ao contrário do que ocorreu em anos anteriores, quando os principais reforços chegaram somente no segundo semestre, quando o Gauchão ficara para trás e pontos preciosos do Brasileirão também já haviam escapado dos colorados.
O primeiro passo, entretanto, é a confirmação da permanência de Eduardo Coudet. Ainda em Buenos Aires, onde passa férias próximo da família, o técnico mantém contatos frequentes com Alessandro Barcellos e negocia um contrato até o final de 2025. Ou seja, por dois anos a partir de janeiro. Os dirigentes colorados também negociam a permanência do auxiliar Lucho González, que recebeu sondagens para voltar a ser técnico.
Clube mira em jogadores para titularidade
Outra diferença na política de reforços deste ano é que eles não virão em “nível de grupo”. A ideia é trazer titulares. Por isso, o Inter analisa nomes como o do centroavante Lucas Alario, do Eintracht Frankfurt, da Alemanha, ou do meia Gustavo Scarpa, que pertence ao Nottingham Forest, da Inglaterra.
Para a defesa, as alternativas analisadas são Bruno Mendez, que estava no Corinthians, mas fica sem contrato no final deste ano, e João Victor, que se destacou pelo Corinthians, de onde foi vendido em 2022 ao Benfica, de Portugal. O zagueiro de 25 anos tem atuado pouco, o que pode facilitar a sua volta ao Brasil. O Botafogo também fará proposta. Em compensação, o Inter receberá jogadores que voltam de empréstimo e não devem ser utilizado. São os casos de David, que estava no São Paulo, e João Peglow, que terminou o ano no Sport.