Representantes de fumicultores e indústria iniciaram as negociações de preços para a safra 2023/2024, cuja produção deve crescer 13,7%, com estimativa de chegar a 522,8 mil toneladas, nos três estados do Sul do Brasil. Na quarta-feira, entidades de produtores de tabaco conversaram com a empresa JTI, na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul. Segundo a Afubra, a variação do custo de produção da empresa para a safra foi apurado em conjunto com os produtores e apontou para 5,06% na variedade Virgínia e para -1,77% na Burley.

A proposta da JTI foi de levar à tabela do Virgínia o percentual do custo de produção e, no Burley, manter o mesmo percentual de 5,06%. As entidades de produtores fizeram contraproposta em busca de rentabilidade, pedindo a variação do custo de produção acrescido de cinco pontos percentuais no Virgínia. A JTI refez a proposta e ofereceu a variação do custo mais 1,5% pela sustentabilidade. Esse percentual será repassado no Burley, o que representa 8,33% acima da variação do custo de produção.

Os representantes dos fumicultores avaliaram como produtivo e um bom início de negociações de preço. “Em janeiro, esperamos que as demais empresas fumageiras também venham com propostas sólidas que visam a manutenção da cadeia produtiva”, informou a Afubra. O presidente da Federação dos Trabalhadores do RS (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, reconheceu e valorizou a participação da JTI na negociação. “Por ser uma primeira rodada, foi satisfatório. Em janeiro voltaremos a conversar e, com certeza, chegaremos a um consenso”, disse Joel

A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Afubra e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag-RS, Fetaesc e Fetaep) dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná.