Calendário astronômico 2024: ano terá eclipses, chuvas de meteoros e superluas
Primeira chuva de meteoros será nesta quinta-feira; eclipse solar total acontece em abril
Publicado em 03 de janeiro de 2024
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Eclipses solares e lunares, chuva de meteoros, superluas e até uma Lua Azul estão entre os fenômenos astronômicos previstos para 2024. O principal destaque é o eclipse solar total que acontecerá no dia 8 de abril, quando a luz do Sol será completamente bloqueada pela Lua. Será possível ver a coroa solar ao redor do disco lunar. As informações são do portal Starwalk.

Os próximos meses também trazem diversas ocorrências de chuva de meteoros, algumas sendo visíveis inclusive no Brasil e no restante do hemisfério Sul. Quanto aos cometas, o 12P/Pons-Brooks passará próximo da Terra em abril, sendo visível a olho nu. As superluas, por sua vez, estão concentradas no segundo semestre.

Confira o calendário astronômico de 2024

Janeiro

Dia 4 de janeiro acontecerá o pico da chuva de meteoros Quadrântidas, que ocorre de 28 de dezembro a 12 de janeiro. Em condições ideais, é possível ver até 80 meteoros por hora na constelação de Boötes, ou Boieiro. A atividade máxima será percebida perto da Lua no Último Quarto. A chuva de meteoros ficará mais visível no hemisfério Norte, no período do pôr do sol até o nascer da Lua.

Março

A Lua cheia do dia 25 de março vem acompanhada do primeiro eclipse lunar do ano. Entre 1h53min e 6h32min da manhã, horário de Brasília, a Lua passará pela sombra penumbral da Terra, formando um eclipse lunar penumbral. Isso significa que a Lua estará 95,6% coberta por esta sombra. O pico da Lua cheia será às 4h da manhã. O eclipse será visível em grande parte da Europa e da África, norte e leste da Ásia, América do Norte, América do Sul, Ártico, Antártica e parte da Austrália.

Abril

O mês de abril promete um céu lotado de eventos astronômicos. O mais importante acontece logo no início do mês: o eclipse solar total, no dia 8 de abril. Das 12h43min às 17h52min, horário de Brasília, pessoas do Canadá, Estados Unidos e México verão a Lua bloqueando totalmente a luz do Sol que chega na Terra. A coroa solar será visível ao redor do disco lunar. Os eclipses solares sempre acontecem durante a fase da Lua Nova, porque é quando a Lua está entre o Sol e a Terra.

Já no dia 21 de abril, o 12P/Pons-Brooks, conhecido como "cometa do diabo", atinge seu pico de luminosidade por estar mais próximo do Sol, e passa pela Terra pela primeira vez em mais de 70 anos. A rocha espacial tem cerca de 29 quilômetros de diâmetro, o que representa o triplo do tamanho do Monte Everest. A maior aproximação da Terra está prevista para 2 de junho de 2024, quando passará a cerca de 231 milhões de quilômetros de distância do nosso planeta. Segundo a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), o cometa poderá ser visto a olho nu, quando atingir o seu ponto mais próximo da órbita terrestre.

Outros meteoros aparecerão no céu de abril. A chuva de meteoros Líridas acontecerá entre 14 e 30 de abril, com o pico previsto para o dia 22. Esta é uma das chuvas mais populares e aguardadas por ser conhecida por produzir bolas de fogo brilhantes. Neste ano, porém, o fenômeno será três dias antes da Lua Cheia, o que talvez fará o brilho da lua ofuscar os meteoros.

Maio

O mês de maio começa com mais uma chuva de meteoros. A Eta Aquáridas ocorre entre 19 de abril e 28 de maio, com pico previsto para o dia 5 na constelação de Aquário. Neste período de Lua Nova, o céu mais escuro possibilita uma melhor observação. A chuva pode produzir até 50 meteoros por dia no hemisfério Sul, e de 10 a 30 no norte do Equador.

Julho

A chuva de meteoros Delta Aquáridas do Sul fecha o mês de julho. Esta é outra chuva localizada na constelação de Aquário e melhor observada no Hemisfério Sul, com pico no dia 31. Os meteoros são tênues e difíceis de detectar em condições imperfeitas de observação.

Agosto

Outra chuva de meteoros surge em agosto, dessa vez com pico no dia 12. A Perseidas será visível de 17 de julho a 24 de agosto, na constelação de Perseu. Em condições ideais, é possível ver até cem meteoros por hora. Neste ano, a Lua estará em Quarto Crescente, o que não afeta muito as observações. No Hemisfério Norte, o fenômeno estará radiante no céu durante a noite inteira.

Já no dia 19, a Lua cheia será uma Lua Azul sazonal, ou a terceira Lua cheia em um período astronômico com quatro luas cheias. Ela também será uma superlua, cerca de 6,4% maior e 12,8% mais brilhante do que a média das luas cheias.

Setembro

No dia 18 de setembro, a Lua cheia estará na constelação de Peixes e passará pela sombra umbral da Terra, formando um eclipse lunar parcial, das 23h12min do dia 17 até 0h15min do dia 18, no horário de Brasília. Cerca de 3,5% do astro estará nessa sombra. O eclipse será visível na Europa e em grande parte das Américas, do Ártico, da Antártida, da África e da Ásia. Além disso, esta Lua cheia será uma Superlua, e deve aparecer 7,8% maior e 15,6% mais brilhante do que a média para as luas cheias.

Outubro

O mês de outubro começa com um eclipse solar anular, das 12h44min às 18h46min, horário de Brasília, no dia 2. Observadores da Argentina e do Chile poderão ver a Lua cobrindo o centro do Sol e o "anel de fogo" ao redor do astro. 

No dia 12, o Cometa C/2023 A3 passará perto da Terra com seu brilho máximo. Ele será visível a olho nu e depois desvanecerá rapidamente, sendo observável por telescópio até meados de novembro.

Já no dia 17, a Lua Cheia forma mais uma superlua, dessa vez em torno das 8h26min, horário de Brasília. Esta será a maior e mais brilhante superlua do ano, com 7,9% de aumento de tamanho e 15,7% de brilho em relação à média da Lua cheia.

Novembro

Novembro traz mais uma superlua, dessa vez no dia 15. Está será 6,5% maior e 12,8% mais brilhante que a média da Lua cheia. 

A chuva de meteoros Leonídeos acontece de 6 a 30 de novembro, com pico no dia 17, na constelação de Leão. Nas condições ideias, é possível visualizar até 10 meteoros por hora. A chuva ocorrerá um dia depois da Lua cheia, o que faz com que provavelmente a luz do satélite ofusque a maioria das estrelas-cadentes.

Dezembro

O ano encerra com duas ocorrências de chuva de meteoros em dezembro. A primeira, chamada de Geminídeas, ocorre do dia 4 ao dia 20, com pico em torno do dia 14, na constelação de Gêmeos. Em condições ideais, seria possível visualizar até 150 meteoros por hora, porém neste ano a atividade máxima acontece na véspera da Lua cheia, e o brilho do satélite pode ofuscar o fenômeno.

A segunda e última ocorrência de meteoros é a Ursídeas, e está marcada para o período de 17 a 26 de dezembro, com pico no dia 22, na constelação da Ursa Menor. As estrelas-cadentes serão melhor visualizadas no Hemisfério Norte, no fluxo de até 10 meteoros por hora. Dessa vez, a Lua estará em Quarto Minguante, o que facilita a observação.

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações GZH
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