Importação de lácteos fecha 2023 com aumento de 74,2% em volumes
Rio Grande do Sul foi o terceiro Estado importador e teve perda de 72,8% na exportação
Publicado em 08 de janeiro de 2024
Compartilhar
A- A A+

Os dados sobre importação de lácteos (leite, creme de leite e laticínios, exceto manteiga ou queijo) em 2023 foram fechados pela plataforma Comex Stat, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. De janeiro a dezembro do ano passado, o Brasil ampliou os volumes em 74,2%, adquirindo 231,3 mil toneladas, e os desembolsos em 66%, perfazendo 853,62 milhões de dólares. O valor por quilo de produto teve redução de 4,7% no período, fechando a 3,69 dólares. Na mão inversa, o Brasil reduziu as exportações de produtos em 11,1%, tendo o Rio Grande do Sul com as maiores perdas nas vendas externas, caindo 72,8% em relação ao período anterior, com redução de 14 milhões de dólares no faturamento, fechando o ano com 5,16 milhões de dólares.

A Argentina foi o maior vendedor, com participação de 45,5% nas importações brasileiras, com incremento de 40% em relação ao ano anterior, alcançando 388 milhões de dólares de janeiro a dezembro de 2023. A cifra representa acréscimo de 111 milhões de dólares sobre os negócios de 2022. Mas foi o Uruguai quem conseguiu dar um salto ainda maior nos negócios, com variação de 87,7% sobre o ano anterior. O país faturou 354 milhões de dólares, variação absoluta de 166 milhões de dólares em comparação com 2022 e fatia de 41,5% nas transações.

Exportações em queda

Entre os Estados, São Paulo participou com 26,8% das compras brasileiras, desembolsando 229 milhões de dólares, aumento de 64,8% na comparação com o ano anterior. O ranking tem Santa Catarina na segunda posição, com 168 milhões de dólares (alta de 54,9%) e participação de 19,7%. Terceiro colocado, o Rio Grande do Sul gastou 154 milhões de dólares com as importações, variação de 26,8% sobre o período anterior. O Estado respondeu por 18% das aquisições.

A plataforma do governo federal também consolidou os números sobre as exportações brasileiras, que caíram 11,1% em divisas, fechando com 87,53 milhões de dólares, 7,1% em volumes (36,4 mil toneladas e 4,4% em preço (2,4 dólar por quilo). O principal dos embarques brasileiros foram os Estados Unidos, com participação de 38,8% e aumento de 20,2% em relação ao ano anterior. O principal exportador foi São Paulo, com participação de 29,5% e embarques de 25,8 milhões de dólares. O Amapá teve a maior variação anual, crescendo 182,4%, com a venda de 12,1 milhões de dólares e participação de 13,8% sobre o total nacional.

No acumulado da série histórica da Comex Stat, é o segundo ano com aumento de importações. Em 2022, o Brasil importou 514 milhões de dólares, crescimento de 64% na comparação com 2021.

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações Correio do Povo
Fotos
Comentários