Insumo barato favorece suinocultor
Com custo de produção cerca de 40% menor, Acsurs projeta ano rentável para criador gaúcho
Publicado em 19 de fevereiro de 2024
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Depois de dois anos difíceis, a suinocultura gaúcha encontra em 2024 uma oportunidade de voltar a ser uma atividade com margem de lucro para o produtor. A perspectiva é apontada pelo presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, com base em pelo menos duas premissas: o volume de exportações da proteína, que apenas no primeiro mês do ano já obteve crescimento de 11,7% em relação a janeiro do ano passado, e a queda expressiva nos custos de produção. “A exportação é muito importante para equilibrar a oferta e a demanda no mercado interno e não deixar os preços baixarem ao produtor”, diz o dirigente que representa os suinocultores independentes.

Folador justifica o prognóstico otimista também pelo preço do milho, principal insumo da alimentação dos suínos. Conforme dados do site da entidade, na segunda quinzena de fevereiro de 2023, o produtor pagou R$ 90,80 pela saca de milho e R$ 2.850 pela tonelada do farelo de soja. A cotação divulgada pela Acsurs na última sexta-feira, dia 16 de fevereiro, indicou que o produtor está pagando neste momento R$ 54,00 a saca do milho e R$ 1.995 pela tonelada do farelo.

Os problemas do setor, de acordo com Folador, começaram a ser amenizados no segundo semestre do ano passado, o que fez com que o produtor independente conseguisse fechar a conta do ano no “zero a zero”. “Acreditamos que este ano vai trazer o aumento das margens de lucro”, projeta. Na última sexta-feira, o quilo do suíno vivo para o suinocultor fora do sistema integrado de produção, era de R$ 6,40. Há um ano, o preço era 14% maior, mas os custos eram cerca de 40% mais caros no milho e 32% mais caros na tonelada do farelo de soja.

Mesmo com as expectativas de um ano bom, Valcedir Folador acredita que a produção da suinocultura independente no Estado deve se manter em percentual vegetativo. “Estimamos um crescimento entre 1,5%, quem sabe 2% neste ano. Porque não há projetos de investimentos que estejamos vendo no momento. No passado, em relação a 2022, nossos abates cresceram 1,16%”, completa.

 

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações Correio do Povo
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