O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta terça-feira (25) com os ministros Carlo Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) para definir o valor final do Plano Safra 2024/25. Fernando Haddad (Fazenda) também está na agenda.
Segundo integrantes do governo, o montante final deve superar os R$ 510 bilhões. No ano passado, o valor liberado para os produtores foi de R$ 435,8 bi.
Entidades ligadas ao agronegócio sugeriram ao Executivo a oferta de R$ 570 bilhões, sendo R$ 470 bilhões para médios e grandes produtores e R$ 100 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A pasta da Agricultura solicitou R$ 452 bilhões de crédito para médios e grandes produtores, e a do Desenvolvimento Agrário pleiteou R$ 80 bilhões para agricultura familiar e pequenos produtores. Integrantes da equipe econômica, no entanto, indicaram que as demandas não devem ser totalmente aprovadas. De toda forma, pode ser o maior valor já disponibilizado para o programa.
O novo plano também deve manter exigências de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotarem práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.
As autoridades ainda discutem possibilidades sobre o seguro rural, especialmente, depois da tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul.
Evento cancelado
Na semana passada, Fávaro tinha confirmado, por meio de uma rede social, que o lançamento do Plano Safra seria em Mato Grosso, na cidade de Rondonópolis, mas o evento foi cancelado. A iniciativa tinha como objetivo buscar uma reaproximação de Lula com o setor do agronegócio, em uma região onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem altos índices de aprovação. Após o cancelamento, o programa será lançado nesta semana em Brasília, no Palácio do Planalto.