Quatro unidades móveis do Ministério da Saúde foram instaladas em diferentes regiões do Rio Grande do Sul para realizar a testagem da água consumida pelos gaúchos. O objetivo é avaliar a qualidade e a potabilidade do líquido, como forma de prevenir problemas sanitários e de saúde pública com o consumo de água que possa ter sido infectada por alguma substância durante a enchente.
Coordenada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a ação foi dividida em quatro regionais de saúde gaúchas. Cada amostra coletada é avaliada em sete parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde para indicar o índice de potabilidade da água.
— Os resultados das amostras ficam prontos em 24 horas e seguem sete parâmetros para assegurar a qualidade da água para consumo humano, com foco em locais de interesse como abrigos, escolas e unidades de saúde — explicou o farmacêutico químico da Funasa, Sebastião Werneck.
Conforme o Ministério da Saúde, 1.050 testes já foram realizados na regional de saúde Carbonífera/Costa Doce, no município de Barra do Ribeiro. Os municípios podem encaminhar mostras de água tratada e de água bruta para análise, conforme na Portaria GM/MS nº 888/ 2021, “que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade”, informou em nota a pasta.
Mais ações
Para garantir acesso à água potável em regiões afetadas pela enchente, a Força Nacional do SUS (FN-SUS) e a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) ofertam atendimento assistencial em saúde em áreas indígenas atingidas pela catástrofe climática. Entre as ações, houve a distribuição de purificadores de água.
“É importante entregar para a população uma água de qualidade, pois quando você distribui água de qualidade, você distribui e promove a saúde pública e isso tudo deve ser realizado em conjunto com ações de educação e promoção da saúde”, disse em nota Roseane Cunha, chefe da divisão de saúde ambiental da Funasa.
Reservatórios domiciliares de água e filtros de água com vela também foram solicitados para distribuição, conforme o Ministério da Saúde.