Proibida no Brasil, “pílula do câncer” é vendida em grupos na internet; médicos alertam para riscos no uso
Publicado em 07 de janeiro de 2025
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Proibida no Brasil e sem eficácia comprovada por pesquisas, a “pílula do câncer” é vendida na internet com a promessa fantasiosa de cura da doença. O falso medicamento é comercializado como um suposto suplemento alimentar que incluiria a substância fosfoetanolamina, em uma tentativa de driblar a fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Médicos oncologistas alertam para o risco do uso desse tipo de falso remédio, que pode levar a efeitos colaterais desconhecidos e, principalmente, desviar os pacientes de tratamentos que realmente funcionam.

Em 10 de abril, 60 cápsulas da Fosfoetanolamina PhosphoPower foram adquiridas ao custo de R$ 230, somados a um custo de envio de R$ 57. A entrega chegou a Porto Alegre em 21 de junho.

O produto foi encaminhado para análise da professora Ruth Hinrichs, docente do Programa de Pós-Graduação em Segurança Cidadã da UFRGS. Em comparação com a fórmula verdadeira da fosfoetanolamina, os métodos de análise não conseguiram detectar a presença da substância no produto comprado.

— Esse produto (comprado) é composto de zinco e cálcio, principalmente carbonato de cálcio e óxido de zinco. Não é detectada a presença (da fosfoetanolamina) — afirmou a professora. 

O método usado não identifica quando a concentração é abaixo de 1%. Ou seja: além de comercializar uma substância não autorizada pela Anvisa, os vendedores entregam uma pílula que nem mesmo tem a fosfoetanolamina prometida. 

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações GZH
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