Ataques de insetos matam dois homens em uma semana no RS e acendem alerta para perigos no manejo de enxames
Média de ocorrências em 2025 no Estado chega a quase duas por hora desde 1º de janeiro
Publicado em 28 de janeiro de 2025
Compartilhar
A- A A+

O calor e a alta umidade deste início de ano favorecem a proliferação de insetos peçonhentos, requerendo cuidados redobrados contra estes animais. A morte de dois homens por picadas na mesma semana, o primeiro por abelhas em Riozinho, no Vale do Paranhana, em 21 de janeiro, e o segundo por vespas em Soledade, no Planalto Médio, na última sexta-feira, acendeu o alerta para a presença destes animais.

O Corpo de Bombeiros Militar do RS (CBMRS) tem dados alarmantes sobre as chamadas remoções de fontes de perigo: em 2024, houve 8.157 ocorrências em todo o Estado, ou mais de 22 por dia, e, em 2025, até o último dia 23, já são 1.077. Ou seja, mais de 46 por dia, mais do que o dobro do ano passado, e quase duas por hora desde 1º de janeiro. Apenas em Porto Alegre, foram 177 nos primeiros 23 dias do ano, e 1.254 em todo o ano passado.

Porém, ao fazer uma pesquisa do termo “averiguação e manejo de insetos” na rede social X, antigo Twitter, há dezenas de registros do CBMRS em diversos municípios. De acordo com o Ministério da Saúde, acidentes com peçonhas “são um desafio significativo para a saúde pública no Brasil”. O Rio Grande do Sul tem 64 municípios com hospitais de referência para atendimento a este tipo de ocorrências (clique aqui e confira endereços e telefones).

“Todos os pacientes devem ser observados por, no mínimo, uma hora após o acidente. Reações anafiláticas geralmente surgem dentro de 15 minutos após a exposição”, comenta a médica Bruna Telles Scola, do Centro de Informação Toxicológica do RS (CIT), órgão da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações Correio do Povo
Fotos
Comentários