Com 37 municípios com decretos de situação de emergência editados, o Rio Grande do Sul volta a perceber os efeitos da estiagem nas primeiras semanas de 2025. A escassez de chuva, que traz preocupação para agricultores e pecuaristas, também restringe o acesso à água para parte da população. Os efeitos já começam a ser sentidos na economia, como no caso da região metropolitana de Porto Alegre, onde a captação do Rio Gravataí para lavouras, pecuária e indústria está temporariamente suspensa.
Dados da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) indicam que 124 mil pessoas são afetadas pela estiagem e há cidades já com desabastecimento parcial de água.
Diversos destes municípios destacam efeitos negativos para a produção agrícola e a criação animal. Para o assessor da Área Técnica de Agricultura e Defesa Civil da Famurs, Ismael Horbach, os efeitos da estiagem ainda serão ampliados pela eventual continuidade da escassez de chuva e a decorrente queda nos resultados da produção de alimentos.
— Certamente, os impactos serão notados a longo prazo. A queda na produção primária reduz a oferta de alimentos, a distribuição destes itens no comércio local e estadual, a baixa na circulação de dinheiro. O efeito de uma estiagem prolongada afeta a economia como um todo — define Horbach.