Concessão de crédito a agricultores familiares cresce 3,4%
Agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, com destaque para produtos como mandioca, feijão, milho e café
Publicado em 28 de agosto de 2017
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Mesmo em um cenário de crise e de cortes no Orçamento, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) aumentou a concessão de crédito em 3,4% na safra 2016/2017 em comparação com a safra 2015/2016, segundo a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), atingindo R$ 22,7 bilhões. No mesmo período, o crédito rural teve uma redução de 2,7%.

O balanço foi divulgado pela Sead esta semana, quando o Pronaf completou 22 anos. O Pronaf financia projetos individuais e coletivos a juros mais baixos praticados no mercado, de 2,5% a 5,5% ao ano, para a produção de alimentos da cesta básica. Para participar, a renda bruta anual do agricultor familiar deve ser de até R$ 360 mil. O último Plano Safra foi lançado no dia 31 de maio. Para o financiamento da agricultura familiar, foram anunciados R$ 30 bilhões para os 12 meses a partir de 1º de julho de 2017.

Segundo o governo, as expectativas são boas para a nova safra, que já apresenta crescimento. Em julho, primeiro mês do ano da safra 2017/2018, agricultores familiares contrataram R$ 2,058 bilhões do Pronaf. Os recursos foram distribuídos em 142.666 contratos. A análise do primeiro mês da safra mostra que o desempenho do Pronaf teve um crescimento de 8,38% no valor das operações, comparando julho de 2017 com julho de 2016. Desse total, R$ 1,4 bilhão foi para custeio e R$ 586 milhões para investimento rural.

De acordo com o subsecretário, a crise pode ter tido um impacto nas contratações. A última safra, que finalizou em junho de 2017, movimentou mais de R$ 22,7 bilhões, dos R$ 30 bilhões disponibilizados no Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017. O valor da última safra, embora represente um aumento, foi menor do que o valor recorde, atingido em 2014/2015, com R$ 23,8 bilhões em operações.
Fonte: Bruna Casali/JornalismoBarrilFM com informações EBC
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