Trabalhadores temem fechamento de unidades da JBS no Rio Grande do Sul
Publicado em 05 de dezembro de 2017
Trabalhadores da JBS no Rio Grande do Sul querem incluir nos acordos de leniência a garantia aos empregos e aos produtores integrados da empresa. Eles temem que, como vem acontecendo em outros estados, como São Paulo e Santa Catarina, a empresa feche unidades também em solo gaúcho, provocando demissões em massa.
O tema foi debatido na tarde desta segunda-feira (4) em audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Altemir Tortelli (PT). “Os diretores da empresa que cometeram crimes contra a administração pública devem responder por isso na Justiça, mas a empresa e os empregos dos trabalhadores devem ser preservados”, defendeu o parlamentar.
A JBS emprega 130 mil trabalhadores no Brasil. No Rio Grande do Sul, são nove mil postos distribuídos em 19 unidades, localizadas em dez municípios. A partir da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, deflagrada em março deste ano, a empresa entrou em crise. Até agora nenhuma unidade gaúcha foi fechada, embora algumas tenham reduzido a produção e entrado em férias coletivas.
Impacto nos municípios
Pelo menos dez municípios gaúchos poderão ser atingidos pela crise da JBS. Estes locais abrigam, além de unidades de abates, granjas, incubatórios, fábricas de ração e de embutidos. Os sindicalistas alertam, no entanto, que o impacto econômico do fechamento de uma unidade produtiva pode afetar toda a região e produzir reflexos em toda a cadeia produtiva da carne.
Localizado na região Noroeste do Estado, o município de Frederico Westphalen tem mais de 20% de sua arrecadação oriunda de uma unidade da JBS, que emprega 640 trabalhadores. De acordo com o secretário municipal de Indústria e Comércio, Paulo Lima, a presença da empresa na cidade deu segurança para realização de uma série de ações, como a ampliação do hospital e do ensino universitário. “Perder o investimento, desestabilizará toda a cidade, colocando em risco projetos em várias áreas”, prevê.
Encaminhamentos
O vice-procurador chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, Gilson Luiz Laydner de Azevedo, anunciou que encaminhará a questão do acordo de leniência ao Procurador-geral do Trabalho com o intuito de buscar “alguma garantia em relação aos empregos”.
A deputada Zilá Breitenbach (PSDB) disse que vem acompanhando a situação da JBS e que irá se somar ao trabalho da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. “Precisamos ver o que é boato e o que é fato, mas não podemos esperar que as coisas aconteçam para depois correr atrás de uma solução”, recomendou.
O presidente da Comissão propôs o agendamento de uma reunião com o Ministério Público Federal e com o Ministério da Agricultura, que, segundo os trabalhadores, vem adotando critérios mais rígidos nas fiscalizações que realiza na empresa do que em outras indústrias.
Do encontro também participaram integrantes da diretoria do SINTRICAS, entre os quais o presidente Edilson Sarmento.
O tema foi debatido na tarde desta segunda-feira (4) em audiência pública da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Altemir Tortelli (PT). “Os diretores da empresa que cometeram crimes contra a administração pública devem responder por isso na Justiça, mas a empresa e os empregos dos trabalhadores devem ser preservados”, defendeu o parlamentar.
A JBS emprega 130 mil trabalhadores no Brasil. No Rio Grande do Sul, são nove mil postos distribuídos em 19 unidades, localizadas em dez municípios. A partir da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, deflagrada em março deste ano, a empresa entrou em crise. Até agora nenhuma unidade gaúcha foi fechada, embora algumas tenham reduzido a produção e entrado em férias coletivas.
Impacto nos municípios
Pelo menos dez municípios gaúchos poderão ser atingidos pela crise da JBS. Estes locais abrigam, além de unidades de abates, granjas, incubatórios, fábricas de ração e de embutidos. Os sindicalistas alertam, no entanto, que o impacto econômico do fechamento de uma unidade produtiva pode afetar toda a região e produzir reflexos em toda a cadeia produtiva da carne.
Localizado na região Noroeste do Estado, o município de Frederico Westphalen tem mais de 20% de sua arrecadação oriunda de uma unidade da JBS, que emprega 640 trabalhadores. De acordo com o secretário municipal de Indústria e Comércio, Paulo Lima, a presença da empresa na cidade deu segurança para realização de uma série de ações, como a ampliação do hospital e do ensino universitário. “Perder o investimento, desestabilizará toda a cidade, colocando em risco projetos em várias áreas”, prevê.
Encaminhamentos
O vice-procurador chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, Gilson Luiz Laydner de Azevedo, anunciou que encaminhará a questão do acordo de leniência ao Procurador-geral do Trabalho com o intuito de buscar “alguma garantia em relação aos empregos”.
A deputada Zilá Breitenbach (PSDB) disse que vem acompanhando a situação da JBS e que irá se somar ao trabalho da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. “Precisamos ver o que é boato e o que é fato, mas não podemos esperar que as coisas aconteçam para depois correr atrás de uma solução”, recomendou.
O presidente da Comissão propôs o agendamento de uma reunião com o Ministério Público Federal e com o Ministério da Agricultura, que, segundo os trabalhadores, vem adotando critérios mais rígidos nas fiscalizações que realiza na empresa do que em outras indústrias.
Do encontro também participaram integrantes da diretoria do SINTRICAS, entre os quais o presidente Edilson Sarmento.
Fonte: Bruna Casali / JornalismoBarrilFM com informações RSNORTE
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