Greve dos caminhoneiros preocupa a região
Estrada para a UFSM/FW está interditada
Publicado em 23 de maio de 2018
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Assim como ocorreu em 2015 na paralisação geral dos caminhoneiros que afetou todo o país naquele ano, algumas ações começam a se repetir na mobilização deste mês da categoria. Uma delas é o bloqueio da estrada municipal que liga a cidade de Frederico Westphalen à UFSM/FW e ao IFFar/FW. A via foi interrompida entre a noite desta terça-feira, 22, e madrugada desta quarta-feira, 23, na altura de uma ponte, próximo a universidade.

Uma carga de terra foi colocada no local para impedir o tráfego de veículos, especialmente de caminhões, que poderiam utilizar a rota como uma alternativa para acessar municípios como Taquaruçu do Sul, Vista Alegre e Palmitinho. Com a estrada bloqueada, o único acesso àquela região é pela BR-386, a qual também já possui pontos de paradas de caminhoneiros.

Conforme funcionários do Posto da Lagoa, a paralisação dos motoristas em frente ao estabelecimento na via federal iniciou pouco antes das 9 horas desta quarta-feira. O ponto já havia sido palco de uma manifestação ontem, terça-feira (22).

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), posto de Seberi, além de FW, municípios como Boa Vista das Missões e Palmeira das Missões também registram pontos de manifestação dos caminhoneiros. Os policiais relataram que irão monitorar os protestos e, se necessário, irão interferir para manter o tráfego nas rodovias.

Falta de alimentos e combustíveis

Entrando no terceiro dia, a paralisação dos caminhoneiros já começa a causar transtornos em alguns pontos do Estado. Na região, a falta de mercadorias ainda não é preocupante, porém, proprietários de supermercados informaram que a reposição dos estoques diminuiu ou não acontece. Caso a greve se mantenha neste ritmo, os empresários admitem que pode haver falta de produtos, a exemplo de como aconteceu em 2015.

Em relação aos combustíveis, os postos de Frederico Westphalen estão com seus estoques considerados normais para esta quarta-feira. Porém, caso os caminhões não cheguem para repor os estoques, alguns estabelecimentos já podem registrar falta de algum combustível no fim do dia. Funcionários também relataram que o movimento de procura pelos produtos aumentou com a greve dos caminhoneiros.

A paralisação dos motoristas também repercutiu em grandes empresas, como a GM de Gravataí e a Aurora Alimentos. Ambas as empresas paralisaram suas linhas de produção e de abate devido à dificuldade em escoar a produção e em receber mercadorias.

Nesse aspecto, o Sindicatos das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) também emitiu comunicado informando que acionará a Justiça contra a paralisação dos caminhoneiros. Conforme o sindicato, diariamente são recolhidos 12,6 milhões de litros de leite no Estado e com a paralisação da categoria, grande parte dessa quantidade poderá ser perdida.

Regionalmente, nenhuma grande empresa ou frigorífico anunciou paralisação de produção. A planta mais próxima afetada é a unidade da JBS de Três Passos, que parou nesta quarta-feira.
Fonte: Bruna Casali / JornalismoBarrilFM
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