Analfabetismo entre negros no Brasil é duas vezes maior do que entre brancos, diz IBGE
Publicado em 19 de junho de 2019
O Brasil fechou 2018 com redução na taxa de analfabetismo, encerrando o período com índice de 6,77% entre cidadãos com 15 anos ou mais. O valor representa 11,3 milhões de pessoas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), publicada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, 3,9% da população branca era analfabeta, percentual que se eleva para 9,1% entre negros ou pardos, valor mais que o dobro em relação ao primeiro.
No recorte por sexo, a taxa entre as mulheres foi de 6,6% enquanto a dos homens foi de 7,0%, valores que também apresentaram diminuição em comparação com 2017. Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se a queda para 11,5% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 7,2% entre aquelas com 25 anos ou mais. Em 2018, eram quase 6 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18,6% para a faixa etária.
Esse resultado indica que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças e aponta para questões demográficas no país. Por exemplo, o envelhecimento da população e a dificuldade de escolarização de pessoas mais velhas em decorrência de trabalho e outros afazeres domésticos.
Isso também é refletido no índice entre mulheres, que supera o encontrado entre homens, sendo, respectivamente, de 19,1% e 18%. Além de emprego, elas geralmente são responsáveis por tarefas domésticas, o que lhes ocupa mais tempo. No grupo mais velho, a taxa de analfabetismo das pessoas brancas alcança 10,3% e, entre as pretas ou pardas, amplia para 27,5%. Apesar de mais alta, este último índice foi que teve maior redução entre 2016 e 2018 (3,2%).
Analfabetismo aumenta no Sul
O Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo para indivíduos com 15 anos ou mais de idade (13,87%), ainda que tenha sofrido redução em frente a 2017, quando alcançou 14,48%. O valor é cerca de quatro vezes maior do que os índices da região sudeste (3,47%) e Sul (3,63%), que apresentaram os únicos que tiveram aumento. A região Norte teve índice de 7,98% e a Centro-Oeste de 5,4%.
Em termos da taxa de analfabetismo entre as pessoas de 60 anos ou mais, com exceção do Sul, houve uma redução entre 2017 e 2018, sendo mais intensa para o Nordeste. Apesar da redução, 36,9% da população que reside lá e 27,0% dos residentes no Norte não sabiam ler ou escrever um bilhete simples. Esses resultados se destacam ainda mais quando comparados às taxas de 18,3% no Centro-Oeste, 10,8% no Sul e 10,3% no Sudeste.
Escolarização aumenta
No Brasil, em 2018, 56,4 milhões de pessoas frequentavam escola ou creche. Entre as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de escolarização foi 34,2%, o equivalente a 3,5 milhões de estudantes. Comparado ao ano de 2017, o valor aumentou 1,5%, ou seja, 158 mil pessoas. Entre as crianças de 4 e 5 anos, faixa correspondente à pré-escola, a taxa foi 92,4% em 2018, frente aos 91,7% em 2017, totalizando quase cinco milhões de crianças.
Já na faixa de idade de 6 a 14 anos, a universalização, desde 2016, já estava praticamente alcançada, com 99,3% das pessoas na escola em 2018. A taxa de escolarização entre os jovens de 15 a 17 anos, em 2018, foi de 88,2%, acima de 2016 e 2017, quando se manteve estável em 87,2%. Entre as pessoas de 18 a 24 anos e aquelas com 25 anos ou mais, 32,7% e 4,6% estavam frequentando escola.
No recorte por sexo, a taxa entre as mulheres foi de 6,6% enquanto a dos homens foi de 7,0%, valores que também apresentaram diminuição em comparação com 2017. Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se a queda para 11,5% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 7,2% entre aquelas com 25 anos ou mais. Em 2018, eram quase 6 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 18,6% para a faixa etária.
Esse resultado indica que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças e aponta para questões demográficas no país. Por exemplo, o envelhecimento da população e a dificuldade de escolarização de pessoas mais velhas em decorrência de trabalho e outros afazeres domésticos.
Isso também é refletido no índice entre mulheres, que supera o encontrado entre homens, sendo, respectivamente, de 19,1% e 18%. Além de emprego, elas geralmente são responsáveis por tarefas domésticas, o que lhes ocupa mais tempo. No grupo mais velho, a taxa de analfabetismo das pessoas brancas alcança 10,3% e, entre as pretas ou pardas, amplia para 27,5%. Apesar de mais alta, este último índice foi que teve maior redução entre 2016 e 2018 (3,2%).
Analfabetismo aumenta no Sul
O Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo para indivíduos com 15 anos ou mais de idade (13,87%), ainda que tenha sofrido redução em frente a 2017, quando alcançou 14,48%. O valor é cerca de quatro vezes maior do que os índices da região sudeste (3,47%) e Sul (3,63%), que apresentaram os únicos que tiveram aumento. A região Norte teve índice de 7,98% e a Centro-Oeste de 5,4%.
Em termos da taxa de analfabetismo entre as pessoas de 60 anos ou mais, com exceção do Sul, houve uma redução entre 2017 e 2018, sendo mais intensa para o Nordeste. Apesar da redução, 36,9% da população que reside lá e 27,0% dos residentes no Norte não sabiam ler ou escrever um bilhete simples. Esses resultados se destacam ainda mais quando comparados às taxas de 18,3% no Centro-Oeste, 10,8% no Sul e 10,3% no Sudeste.
Escolarização aumenta
No Brasil, em 2018, 56,4 milhões de pessoas frequentavam escola ou creche. Entre as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de escolarização foi 34,2%, o equivalente a 3,5 milhões de estudantes. Comparado ao ano de 2017, o valor aumentou 1,5%, ou seja, 158 mil pessoas. Entre as crianças de 4 e 5 anos, faixa correspondente à pré-escola, a taxa foi 92,4% em 2018, frente aos 91,7% em 2017, totalizando quase cinco milhões de crianças.
Já na faixa de idade de 6 a 14 anos, a universalização, desde 2016, já estava praticamente alcançada, com 99,3% das pessoas na escola em 2018. A taxa de escolarização entre os jovens de 15 a 17 anos, em 2018, foi de 88,2%, acima de 2016 e 2017, quando se manteve estável em 87,2%. Entre as pessoas de 18 a 24 anos e aquelas com 25 anos ou mais, 32,7% e 4,6% estavam frequentando escola.
Fonte: Correio do Povo
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