A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai interromper a produção da vacina Oxford/AstraZeneca a partir desta quinta-feira, 20, por falta de insumos importados da China. A previsão é que cheguem no sábado dois lotes de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a retomada da produção de 12 milhões de doses. Um dos lotes que estava previsto para o dia 29 de maio foi antecipado.
"Com as novas remessas, as entregas de vacinas estão asseguradas até a terceira semana de junho", afirmou a fundação em nota. Segundo a Fiocruz, com o rápido escalonamento que a produção de vacinas atingiu, as remessas de IFA vêm sendo consumidas antes do tempo previsto inicialmente.
O cronograma de entregas permanece semanal, sempre às sextas-feiras, conforme pactuado com o Ministério da Saúde, seguindo a logística de distribuição definida pela pasta. Por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a fundação já entregou 34,9 milhões de vacinas ao PNI (Programa Nacional de Imunização), do Ministério da Saúde.
O Instituto Butantan, outro laboratório que produz vacinas no Brasil e que havia paralisado a fabricação pela falta insumos, deve receber lotes de IFA a partir da próxima quarta-feira. Serão 4 mil litros de insumos da China para a produção de cerca de 7 milhões de doses.
A fabricação havia sido suspensa na quinta-feira, 13, da semana passada e a última entrega, de 1,1 milhão de doses ao Ministério da Saúde, ocorreu um dia depois. O instituto já entregou mais de 47 milhões de doses ao PNI. Apesar da incerteza, mantém a previsão de entrega de 100 milhões de doses até 30 de setembro.
O Ministério da Saúde afirma que já foram distribuídas cerca de 90 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 desde o início da campanha de vacinação, em 18 de janeiro. O ministério afirma que já foram distribuídas mais de 85,2 milhões aos estados e Distrito Federal. Além da CoronaVac e da Oxford/AstraZeneca, também começou a distribuição da Pfizer em maio.