Caso Rafael: Júri é suspenso após defesa abandonar plenário em Planalto
A razão é a existência de um áudio que seria do menino e que teria sido enviado horas depois da morte dele
Publicado em 21 de março de 2022
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O júri de Alexandra Salete Dougokenski, acusada de matar o filho, Rafael Mateus Winques, de 11 anos, começou às 10h nesta segunda-feira, 21, em Planalto, no Norte do RS, e foi encerrado cerca de 11 minutos depois, devido a um desentendimento entre a defesa e a acusação.

Os defensores da ré levantaram questão de ordem, mencionando a existência de um suposto áudio que, segundo a defesa, teria sido enviado por Rafael ao pai, ao longo do dia 15 de maio. Segundo a denúncia, a criança teria morrido na madrugada deste dia. A defesa pediu que o material fosse periciado.

O Ministério Público se opôs. A juíza Marilene Parizotto Campagna negou o pedido.

Defesa e acusação discutiram em plenário, e a banca de defensores de Alexandra Dougokenski deixou o local. A juíza então declarou encerrada a sessão.

Alexandra chegou ao local do do júri, o Independente Futebol Clube, escoltada pela polícia, por volta das 7h30. O julgamento deve acontecer no salão principal, que foi preparado pelo Tribunal da Justiça do RS.

Ela está presa desde maio de 2020 na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba e responde pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

Rafael desapareceu no dia 15 de maio de 2020. Alexandra sustentava que ele teria ido dormir e, na manhã seguinte, não estava mais em casa.

Dez dias depois, ela confessou que havia assassinado o filho e indicou a localização do corpo, dentro de uma caixa de papelão em um terreno da casa vizinha.

Segundo o Ministério Público, responsável pela acusação, Alexandra teria feito com que o filho tomasse dois comprimidos de Diazepam, um ansiolítico com efeito calmante, sob o pretexto de que ele dormiria melhor. Assim que o medicamento fez efeito, Alexandra teria estrangulado o menino com uma corda.

A ré apresentou diferentes versões do crime ao longo do inquérito e da instrução judicial. Por fim, passou a acusar o pai de Rafael, Rodrigo Winques. A defesa dele nega.

Fonte: *Com informações do G1
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