Sem luz há 100 horas, clientes afetados no noroeste gaúcho relatam perdas de alimentos e na produção de leite
Conforme a RGE, o município mais afetado até as 6h é Santa Rosa, com 1.117 pontos sem energia elétrica
Publicado em 02 de janeiro de 2024
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O desabastecimento de energia elétrica no noroeste gaúcho completou 100 horas nesta terça-feira (2). Milhares de residências ficaram sem luz depois que um temporal atingiu a região na manhã da última sexta-feira (29).

Conforme a RGE, o município mais afetado é Santa Rosa, com 1.117 pontos sem energia. Em todo o RS, são 8 mil, segundo o último balanço publicado pela companhia às 6h. 

Em Sagrada Família, município com 2,4 mil habitantes, 10 famílias enfrentam o problema, segundo a prefeitura. A funcionária pública Maria Vanderleia Vieira Pinheiro, por exemplo, relatou que a família precisou tomar banho de açude na sexta-feira, sábado e domingo (31), devido a falta de energia para levar água do poço artesiano ao chuveiro da residência. A família já contabiliza perdas de alimentos perecíveis e na produção de leite. 

Isso é inadmissível. Descaso. A gente nem pode ter um fim de ano decente. Não conseguimos mais usar as máquinas para tirar o leite das vacas e algumas carnes da geladeira já estragaram enquanto outras estão estragando — desabafa. 

De acordo com a prefeitura de Sagrada Família, uma família procurou o Executivo para pedir auxílio para armazenar medicamentos controlados. No momento, equipes da RGE trabalham para restabelecer a energia no interior do município. Além de Santa Rosa e Sagrada Família, há registro de pontos sem luz em Porto Mauá.

"Equipes enfrentam muitas dificuldades", diz RGE

Em nota, a RGE informou que as equipes enfrentam dificuldades, como falta de sinal de telefonia, necessário para comunicação do Centro de Operações com as equipes de campo, e a complexidade dos estragos. Desde sexta-feira, 220 mil clientes ficaram sem abastecimento em todo o Estado. Leia na íntegra: 

"Desde o começo do temporal as equipes da RGE enfrentam muitas dificuldades, como falta de sinal de telefonia, necessário para comunicação do Centro de Operações com as equipes de campo, e a complexidade dos estragos. Os maiores danos foram causados por galhos de árvores e objetos arremessados pelo vento contra a rede elétrica, tais como pedaços de telhados e painéis de propaganda, arrebentando fios e avariando equipamentos diversos. O atendimento a essas ocorrências é demorado, pois exige reconstrução das redes.

A RGE investe continuamente na rede elétrica de sua área de concessão para torná-la mais robusta e preparada para intempéries climáticas. No entanto, temporais de forte intensidade como o de sexta-feira atingem outras estruturas que causam danos na rede, como a imensa quantidade de árvores caídas."

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações GZH
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