A ministra da Gestão e Inovação em Serviço Público, Esther Dweck, informou nesta quinta-feira (4) que o CNU (Concurso Nacional Unificado), conhecido como Enem dos Concursos, vai ser aplicado em 18 de agosto em todo o país. O resultado final será divulgado em 21 de novembro, com convocação marcada para janeiro de 2025.
Inicialmente, as provas seriam aplicadas no dia 5 de maio, mas foram adiadas para 18 de agosto em função das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. “Vamos publicar hoje um novo edital, com várias regras para que a gente garanta que a prova seja realizada mesmo que, infelizmente, aconteça algo da magnitude do que aconteceu no RS”, informou a ministra durante coletiva de imprensa.
As provas haviam sido distribuídas e, de acordo com Esther, “não houve nenhuma violação”. Depois do anúncio do adiamento do concurso, o governo recolheu os documentos e enviou para um lugar seguro. O local de armazenamento tem vigilância 24 horas por dia.
Esther relatou que Eduardo Leite garantiu a realização das provas no Rio Grande do Sul. “O governador me garantiu que, no dia 18, as forças de segurança pública estarão à disposição para fazer a segurança do concurso. Era uma preocupação nossa”, destacou a ministra.
Novo edital
No novo edital que o governo vai publicar, haverá a possibilidade de devolução da taxa de inscrição, entre os dias 5 e 7 de julho. Além disso, a ministra destacou que os inscritos podem pedir alteração da cidade de realização da prova, no mesmo período, mas apenas em dois casos: candidatos com CEP de residência do Rio Grande do Sul que fariam o concurso em outro estado e candidatos com CEP de residência de outros estados que fariam a prova no Rio Grande do Sul. Dados do governo apontam que essa opção está disponível para 2.100 pessoas.
Esther anunciou, também, que o edital vai trazer a informação de que poderá ser realizada uma prova extraordinária na hipótese de ocorrer evento excepcional e imprevisível que inviabilize a aplicação do certame em locais determinados, que atinjam no mínimo 0,5% dos candidatos inscritos. A aplicação será restrita aos candidatos do local atingido e já inscritos no certame. Caberá ao ministério da Gestão autorizar eventualmente a medida extraordinária.
1,7 milhão de inscritos
O concurso atingiu a marca de 1,7 milhão de inscrições e se tornou o maior da história do país, informou o governo federal. O maior salário inicial é de R$ 22.921,71, para o cargo de auditor-fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. Já a remuneração mais baixa é para a vaga de técnico em informações geográficas e estatísticas, que tem salário inicial de R$ 4.008,24.
O concurso será dividido em oito blocos temáticos, sendo sete de nível superior e um de nível médio. Os candidatos do nível superior podem concorrer a diversas vagas, desde que sejam do mesmo bloco. É necessário titulação específica em alguns cargos, ou seja, o candidato que não apresentar a formação específica para a função não poderá tomar posse.