A avicultura gaúcha está otimista com a possibilidade de plena retomada de exportações do setor. De acordo com o presidente da Organização Avícola do Rio Grande do Sul, José Eduardo dos Santos, é possível que as restrições de Chile, China e México, os três grandes mercados que ainda permanecem fechados, terminem até fevereiro ou março de 2025.
O Rio Grande do Sul identificou em julho deste ano a existência de um foco de doença de NewCastle, no Vale do Taquari. No mesmo mês, a ocorrência sanitária foi encerrada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu, no dia 24 de outubro, o fim da doença de NewCastle no Brasil, 90 dias depois do fim do foco.
O dirigente explicou que, enquanto China e México se concentram agora no exame de documentação relativa ao episódio, Chile provavelmente enviará uma comitiva ao RS para avaliar presencialmente a situação. José Eduardo salientou que as enchentes de abril e maio e ocorrência da doença de Newcastle, em julho, impactaram os embarques avícolas do Estado.
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal indicam que, em dez meses de 2024, nove encerraram com queda nos embarques do setor no Rio Grande do Sul, o oposto do que vem ocorrendo em outros estados, como Paraná e Santa Catarina.
Setembro foi o único mês de 2024 que o RS registrou alta na atividade, quando embarcou 63,2 mil toneladas, superando em 12,4% o total no mesmo período do ano passado. Nesta segunda-feira, 18, a Organização Avícola lembrou a retirada dos embargos, recentemente, por Rússia, África do Sul e Peru.