Gripe aviária deve beneficiar exportações brasileiras de carne de frango
Avanço da doença, inclusive em países fornecedores, favorece oferta nacional da proteína, com possibilidade de ampliar bons resultados de 2024
Publicado em 22 de janeiro de 2025
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Depois de encerrar 2024 com crescimento de 3% no volume das exportações de carne de frango, o Brasil poderá registrar novo aumento nos embarques no decorrer de 2025 em razão do avanço dos casos de influenza aviária mundo afora. A previsão, sem “celebrar a desgraça alheia”, é do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. De acordo com o dirigente, há possibilidade de o Brasil complementar a produção e exportação de outras nações que hoje enfrentam a patologia.

“A Polônia é uma grande exportadora. A França é exportadora. Lá, aves foram vacinadas e, mesmo assim, infectadas pela influenza aviária”, acrescentou. No final de dezembro, no Japão, houve a confirmação do 19º surto da gripe aviária, que resultou no abate de cerca de 50 mil frangos.

Santin destaca a sanidade atingida pelo Brasil e pelo continente em relação à patologia.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), entre 2022 e 2024 foram realizadas 3.662 investigações para avaliar possíveis focos de gripe aviária no país, com 1.014 amostras coletadas. No total, foram identificados 166 focos, todos relacionados a aves silvestres ou de subsistências e mamíferos silvestres (leões marinhos). Dos resultados positivos, seis ocorreram no Rio Grande do Sul.

O único caso que atingiu aves de destinação comercial ocorreu em julho do ano passado, em um aviário em Anta Gorda, no Vale do Taquari, com animais contaminados pela Doença de Newcastle. Em outubro, 90 dias depois de exterminado o foco, a Organização Mundial de Saúde Animal reconheceu o fim do surto no Brasil.

 

 

Fonte: Bruna Casali / Com informações Correio do Povo
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