Rara espécie de águia volta a ser avistada no Rio Grande do Sul após dois anos
Última aparição de um exemplar de harpia ocorreu em junho de 2016 no Parque do Turvo
Publicado em 19 de junho de 2018
Um exemplar de águia da espécie harpia foi avistado no Parque Estadual do Turvo, no município de Derrubadas, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Considerada uma das maiores aves de rapina do mundo, o animal é classificado como "criticamente em perigo" na lista de espécies sob ameaça de extinção no estado.
De acordo com a gestora do Parque do Turvo, Solange Dias, as harpias vem ao longo do tempo desaparecendo em função da caça e, sobretudo, do desmatamento do seu habitat natural. Para ela, o avistamento da ave é motivo de comemoração, pois significa que a unidade de conservação, vinculada à Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), está bem preservada.
"O Parque Estadual do Turvo é considerado o último remanescente de Mata Atlântica bem preservado no estado, e por esse motivo abriga inúmeras espécies da fauna e flora que não ocorrem em ambientes degradados", ressalta. Atualmente, a ave pode ser encontrada na Amazônia e em algumas florestas das regiões Centro-Oeste e Sudeste, além de registros pontuais no Sul.
Com raras aparições nas últimas décadas, a harpia chegou a ser considerada extinta no Rio Grande do Sul. "Fazia cerca de 30 ou 40 anos que uma harpia não era vista aqui no estado", afirma a gestora. No entanto, em 2015, um exemplar da ave voltou a ser avistada no Parque do Turvo. E a última vez que isso tinha acontecido foi em junho de 2016.
O mais recente registro, feito pelo guarda-parque da Unidade de Conservação, Carlos Kuhn, no dia 8 de junho, despertou a atenção de pesquisadores da área. Pós-doutora em harpias, Tânia Sanaiotti estava no Paraná quando soube do avistamento. Prontamente, ela viajou ao RS para fazer estudos sobre a ave. A visita da pesquisadora também motivou a realização de uma oficina sobre a espécie, ministrada pela especialista. Onze servidores do parque participaram da atividade que serviu para repassar orientações sobre identificação, hábitos alimentares, comportamento e reprodução da espécie. Desde então, uma equipe trabalha na coleta de informações e no monitoramento do animal.
Envergadura e força
Uma harpia fêmea adulta pode pesar até 10 kg e alcançar uma envergadura superior a dois metros. "É a ave mais possante do planeta, possui uma garra imensa, tem muita força e consegue carregar mamíferos de médio porte", detalha Solange Dias. Devido ao tamanho do animal, seu ninho é estrategicamente construído na parte mais alta de árvores de grande porte. A base de sua alimentação é constituída principalmente de mamíferos, aves e répteis, aos quais captura por entre a copa das árvores ou no solo.
De acordo com as características específicas da plumagem, pressupõe-se que o animal avistado no Turvo nos últimos dias tenha uma idade aproximada de três anos. Segundo Solange, a espécie fotografada pode ser um filhote da harpia avistada no local em 2015 e 2016.
De acordo com a gestora do Parque do Turvo, Solange Dias, as harpias vem ao longo do tempo desaparecendo em função da caça e, sobretudo, do desmatamento do seu habitat natural. Para ela, o avistamento da ave é motivo de comemoração, pois significa que a unidade de conservação, vinculada à Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), está bem preservada.
"O Parque Estadual do Turvo é considerado o último remanescente de Mata Atlântica bem preservado no estado, e por esse motivo abriga inúmeras espécies da fauna e flora que não ocorrem em ambientes degradados", ressalta. Atualmente, a ave pode ser encontrada na Amazônia e em algumas florestas das regiões Centro-Oeste e Sudeste, além de registros pontuais no Sul.
Com raras aparições nas últimas décadas, a harpia chegou a ser considerada extinta no Rio Grande do Sul. "Fazia cerca de 30 ou 40 anos que uma harpia não era vista aqui no estado", afirma a gestora. No entanto, em 2015, um exemplar da ave voltou a ser avistada no Parque do Turvo. E a última vez que isso tinha acontecido foi em junho de 2016.
O mais recente registro, feito pelo guarda-parque da Unidade de Conservação, Carlos Kuhn, no dia 8 de junho, despertou a atenção de pesquisadores da área. Pós-doutora em harpias, Tânia Sanaiotti estava no Paraná quando soube do avistamento. Prontamente, ela viajou ao RS para fazer estudos sobre a ave. A visita da pesquisadora também motivou a realização de uma oficina sobre a espécie, ministrada pela especialista. Onze servidores do parque participaram da atividade que serviu para repassar orientações sobre identificação, hábitos alimentares, comportamento e reprodução da espécie. Desde então, uma equipe trabalha na coleta de informações e no monitoramento do animal.
Envergadura e força
Uma harpia fêmea adulta pode pesar até 10 kg e alcançar uma envergadura superior a dois metros. "É a ave mais possante do planeta, possui uma garra imensa, tem muita força e consegue carregar mamíferos de médio porte", detalha Solange Dias. Devido ao tamanho do animal, seu ninho é estrategicamente construído na parte mais alta de árvores de grande porte. A base de sua alimentação é constituída principalmente de mamíferos, aves e répteis, aos quais captura por entre a copa das árvores ou no solo.
De acordo com as características específicas da plumagem, pressupõe-se que o animal avistado no Turvo nos últimos dias tenha uma idade aproximada de três anos. Segundo Solange, a espécie fotografada pode ser um filhote da harpia avistada no local em 2015 e 2016.
Fonte: Bruna Casali/JornalismoBarrilFM com informações ASCOM
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