Espécie de tamanduá considerada extinta há 130 anos no RS é registrada
Publicado em 19 de dezembro de 2023
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Um tamanduá-bandeira, considerado extinto no Rio Grande do Sul há 130 anos, foi registrado no Parque Estadual do Espinilho, em Quaraí na Fronteira Oeste. As imagens foram divulgadas nesta segunda-feira (18) pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).

O primeiro registro feito no Pampa é de junho de 2023. Um grupo de ambientalistas que buscam animais silvestres na unidade de conservação da Barra do Quaraí, instalaram os equipamentos que capturaram imagens do animal.

— A gente acredita que esse bicho seja uma expansão do trabalho de reintrodução feito na Argentina, lá em Esteros del Iberá, do trabalho da FundaçãoRewilding. Esses animais estão adentrando o Rio Grande do Sul. No Uruguai, o tamanduá também já tinha sido extinto no mesmo período em que isso aconteceu aqui no Pampa brasileiro — explicou o biólogo Fábio Mazim, que atua no Parque do Espinilho e faz parte do grupo responsável pelo registro.

A presença do tamanduá foi registrada em diferentes turnos, entre julho e setembro, mas de acordo com a Secretaria, não é possível concluir se todas as imagens são do mesmo animal ou se há mais de um tamanduá-bandeira na região.

Além de ressaltar a riqueza da biodiversidade na região, a descoberta demonstra a importância do Parque do Espinilho no que tange à pesquisa e à conservação de espécies raras e ameaçadas. A descoberta do tamanduá-bandeira no Rio Grande do Sul será relatada em um trabalho científico, desenvolvido em colaboração com pesquisadores da Argentina e do Uruguai.

O tamanduá-bandeira

É um mamífero nativo da América do Sul. Recebeu esse nome por ter o formato da cauda semelhante ao de uma bandeira.

Esses animais têm uma função ecológica de extrema importância, que consiste na adubação da terra, uma vez que se alimentam de insetos e acabam espalhando resíduos e nutrientes pelo solo.

Quando atingem a idade adulta, são animais solitários. Não são ágeis nem agressivos, a menos que se sintam ameaçados. Apesar do tamanho e do peso, conseguem se proteger de predadores sobre as árvores, graças ao auxílio de suas garras.

Fonte: Vanessa Onci / Com informações da GZH
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